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Polícia Federal suspende delegado Protógenes por 60 dias, diz ministério

O delegado Protógenes Queiroz disse nesta sexta-feira que vai recorrer da punição da Polícia Federal seja ela qual for: suspensão ou demissão.

O delegado Protógenes Queiroz disse nesta sexta-feira que vai recorrer da punição da Polícia Federal seja ela qual for: suspensão ou demissão. Inicialmente, o delegado disse à Folha Online que soube por meio de um colega da corporação que seria demitido. Mais tarde, ao ser questionado sobre o tipo de punição, disse que a decisão da corporação é injusta, porque cumpriu o seu dever e não é bandido.
“Vou recorrer à Justiça do meu país, porque eu ainda acredito na Justiça do Brasil. Ainda existem juízes dignos e honestos neste país. […] Ainda que [a punição] seja de suspensão, é injusta. Eu não sou nenhum bandido. Ainda que fosse de suspensão, o ato seria indigno e injusto. Porque a prova é indigna e injusta”, afirmou o delegado, que está afastado de suas funções.
Protógenes disse que recebeu um telefone de um colega da PF durante o congresso do PC do B, em São Paulo, dizendo que sua demissão já estava pronta, assinada pelo diretor-geral da corporação, Luiz Fernando Correa, e que iria ser publicada na segunda ou terça-feira.
Por meio de sua assessoria, o Ministério da Justiça negou que Protógenes tenha sido demitido da Polícia Federal. Segundo o órgão, o delegado responde a diversos procedimentos administrativos dentro da PF e, devido a um deles, ele foi suspenso do órgão por 60 dias. A Pasta informou ainda que acompanha o andamento dos processos internos contra o delegado.
Mesmo não sabendo ainda qual seria a sua punição, o delegado disse que a decisão foi indigna da cúpula da PF porque um servidor público que cumpre o seu dever não pode ser punido.
“Acho isso [a punição] indigno, de tirania da cúpula da Polícia Federal, da administração da Polícia Federal, sem precedentes na história deste país e que atenta contra o povo brasileiro e os interesses nacionais em que o agente público que cumpriu com o seu dever é punido com a demissão, ainda que fosse de suspensão não merecia nenhuma pena”, afirmou.
O delegado afirmou que a PF aproveita sua participação em eventos públicos para intimá-lo ou passar comunicados. Ele disse que esse é o caso de hoje, pois ficou sabendo da demissão durante a abertura do congresso do PC do B.
O motivo da punição, segundo Protógenes, foi a suposta participação num comício em Poços de Caldas (MG). Ele nega ter feito campanha no evento. “Essa é mais uma prova da perseguição que sofri. Uma prova de injustiça, um ato de tirania, um atentado à democracia.”
Protógenes ficou conhecido nacionalmente durante a Operação Satiagraha, que prendeu no ano passado o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, o ex-prefeito Celso Pitta e o investidor Naji Nahas. Todos foram soltos depois. A Satiagraha investiga supostos crimes financeiros atribuídos a Dantas.
Apesar da projeção nacional, Protógenes foi afastado da investigação e acabou virando alvo de um inquérito da PF que investiga desvios durante a Satiagraha. Entre os problemas da investigação estaria a utilização irregular de agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Também há suspeita de Protógenes ter espionado, ilegalmente, autoridades dos três Poderes.
Em março, a PF indiciou o delegado pelos crimes de violação da lei de interceptação e quebra de sigilo funcional durante a Satiagraha.
Com fama nacional, Protógenes se filiou ao PC do B, onde deve disputar um cargo no Congresso Nacional nas eleições de 2010.

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