Alvo de escândalos pela presença de funcionários fantasmas na folha de pagamento e pelas altas quantias em horas extras aos funcionários, inclusive em período de férias, as despesas da Câmara dos Deputados com serviços extraordinários este ano continuam a subir. Até o início de outubro, atingiram R$ 45 milhões. Durante os 12 meses de 2008, o gasto total foi de R$ 36,6 milhões. Apesar da escalada, a Casa ensaia os primeiros passos no caminho do aumento do controle dessas benesses.
De acordo com o deputado Rafael Guerra (PSDB-MG), a instalação dos pontos deve começar pelos setores de Recursos Humanos, Diretoria de Pessoal, Centro de Informática e Primeira-Secretaria, chegando a gabinetes e lideranças até o fim do primeiro semestre do próximo ano. Inicialmente, o controle deve se dar apenas para o repasse de horas extras noturnas. De acordo com três técnicos ouvidos pelo Correio, a instalação dos pontos nas dependências da Casa e o controle da entrada e saída de todos os servidores ainda devem demorar a ser implantados, já que dependem de testes e do amadurecimento do sistema. Dependem também de uma ampla negociação política porque alguns parlamentares ainda resistem à instalação do ponto eletrônico.
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