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Estudante de Brasília foi presa por forjar seu próprio sequestro

Uma jovem de 18 anos foi presa na madrugada desta terça-feira (20/10) após forjar o próprio sequestro. Ela chegou a pedir à mãe um resgate de R$ 8 mil.

Uma jovem de 18 anos foi presa na madrugada desta terça-feira (20/10) após forjar o próprio sequestro. Ela chegou a pedir à mãe um resgate de R$ 8 mil. A garota, identificada pela polícia apenas como Antônia, foi encontrada por volta das 4h, em uma pousada na 703 Norte, enquanto dormia. A universitária foi presa em flagrante por extorsão e, caso seja condenada, a pena pode variar entre quatro e dez anos. Ela está presa temporariamente no Presídio Feminino do Gama (Colmeia).
Antônia saiu de casa, uma quitinete no Sudoeste, antes das 7h desta segunda-feira (19/10), como se fosse para a faculdade, onde cursa o segundo semestre de Direito. Por volta das 7h40, a garota ligou para a mãe fingindo ser seu suposto sequestrador.  Na ligação –  que não identificava o número do telefone – ela pediu o resgate. 
A mãe de Antônia suspeitou que fosse um golpe de falso sequestro e tentou localizar a filha, que não atendeu ao celular. A mulher foi ainda até a faculdade e não encontrou a menina. A ocorrência foi registrada na 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte). As investigações ficaram a cargo da Divisão de Repressão a Sequestros (DRS) da Polícia Civil. O caso foi solucionado em menos de 24 horas.
Pelo valor pedido no resgate, os investigadores suspeitavam que a menina não estava em cativeiro e que os criminosos não eram profissionais. Com o rastreamento das ligações e outros procedimentos, a polícia descobriu o local onde a menina estava. A própria Antônia foi quem abriu a porta do quarto. Ao ver que eram policiais, ela chegou a alegar que os sequestradores haviam saído e que não fugiu por medo.
Contato
Entre às 7h40 e 14h40 desta segunda-feira, Antônia fez cinco ligações e enviou uma mensagem para a mãe. Ela utilizou dois aparelhos celulares para fazer contato. Em um aparelho que não utilizava mais, Antônia colocou um chip que afirmou ter encontrado na rua. 
Três ligações foram realizadas com o chip “encontrado”. Nas outras duas, a jovem alegou que os sequestradores haviam permitido que ela entrasse em contato com a família, para dar a certeza de que havia sido raptada.
Nos telefonemas e na mensagem de texto, enviada às 14h25, Antônia dizia que seria morta caso a família não fizesse o pagamento. A mãe, que trabalha em um salão de beleza tentou reunir o dinheiro para pagar o resgate.
A mãe de Antônia não reconheceu sua voz nas ligações. Ela só disse à polícia que parecia ser de uma mulher estrangeira. Apontou como suspeita uma pessoa que prestou serviços de transporte escolar quando a família morava em Samambaia. Por coincidência, atualmente a mulher também mora no Sudoeste.
Justificativas
Antônia disse à polícia que forjou o sequestro para saber se a mãe realmente gostava dela. O resgate seria uma prova de amor e a menina devolveria o dinheiro à mãe. No entanto, o delegado chefe da DRS, Eric Seba, acredita que o valor seria utilizado em festas e na compra de roupas. “Nós acreditamos que ela pegaria o dinheiro e sairia com o namorado, viajaria e gastaria no fim de semana”, diz.
Aos amigos e ao namorado, Antônia disse que viajaria ao Maranhão para visitar a avó que está doente. Segundo ela, voltaria na terça-feira, mesmo dia que combinou com a mãe o pagamento do resgate. “A mãe está em choque. Não sabemos se o pior foi a preocupação com o sequestro da filha ou saber que quem forjou o crime foi a própria Antônia”, conta o delegado.
Eric Seba diz que esse não é o primeiro caso e serve para mostrar que até brincadeiras não passam impunes. “Nós recomendamos que as pessoas vivam com decência e dignidade. Não há condições de um sequestro forjado passar impune”. Segundo ele, a pena de Antônia pode ser agravada por envolver a família.
 

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