Mais de cem servidores do Senado fizeram cursos ou participaram de congressos no exterior com despesas parcial ou integralmente pagas pela Casa. O número está em levantamento do próprio Senado, que não especifica, porém, o montante gasto pela instituição. A principal lista indica que, de 1991 para cá, o Senado arcou parcialmente com as despesas de seus funcionários em 94 cursos e congressos realizados no exterior. Pelo menos 18 tiveram duração superior a um ano.
A pesquisa foi recebida ontem a pedido do senador Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB, exatamente 80 dias após ter feito o requerimento de informações à Mesa. O tucano recebeu ontem pelo menos três levantamentos diferentes produzidos pela Diretoria Geral.
Alguns destes cursos financiados parcialmente pelo Senado chegaram a durar mais de quatro anos. Foi o caso, por exemplo, dos funcionários Aldo Assumpção Zagonel dos Santos — técnico legislativo que está atualmente no núcleo de servidores afastados; Valéria Rodrigues Motta, analista legislativa, lotada na 2avicepresidência; e Tarcísio Barroso da Graça, consultor de orçamento, lotado na consultoria de Orçamento.