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Presidiário que continuava em folha de pagamento do Senado trabalhava para Marco Maciel

servidor que mesmo depois de ser preso continuou na folha de pagamento do Senado estava lotado no gabinete do senador Marco Maciel (DEM-PE).

O servidor que mesmo depois de ser preso continuou na folha de pagamento do Senado estava lotado no gabinete do senador Marco Maciel (DEM-PE). Nesta quarta-feira (16), a assessoria do senador confirmou as informações sobre a nomeação e disse que o servidor respondeu a processo administrativo e teve que devolver os valores recebidos indevidamente.
Pouco antes da confirmação via assessoria, o próprio senador do DEM já havia confirmado em entrevista à imprensa que o funcionário trabalhava em seu gabinete. “Ele era um funcionário de nível intermediário. Não despachava comigo”, disse Maciel.
Ainda segundo o senador, o assessor teria sido preso em 1994, ano em que ele renunciou ao mandato no Senado para assumir a vice-presidência da República. Marco Maciel disse que todas as providências para sanar o erro foram adotadas pelo suplente que o substituiu no cargo. “Tive informações de que ele (o servidor preso) estava restituindo o que recebeu indevidamente em prestações mensais. Não sei se por decisão administrativa ou por sentença judicial”, afirmou Maciel.
O caso foi revelado na sessão de terça-feira (15) pelo líder do PMDB, Renan Calheiros (AL). “Há um caso aqui – me permita não citar o nome do senador – de um servidor do Senado que foi preso, passou dois anos na cadeia, e recebeu, durante esses dois anos, salário do Senado”, disse Renan.
Na sessão desta quarta, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), cobrou de Renan o nome do colega que havia mantido um presidiário na estrutura da Casa. “Quero saber se o senador Renan vai revelar o nome do senador que manteve um presidiário no Senado. Espero que o senador revele o nome do senador sob pena de prevaricar das suas funções”, afirmou Virgílio.
Diante da cobrança de Virgílio, Renan desconversou: “Esse assunto já foi superado. Não vou responder”. Virgílio insistiu: “O senador Renan vai ou não vai dizer quem é o senador que abrigava um presidiário no Senado.” Após a negativa de Renan, o líder do PSDB questionou o próprio presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que disse desconhecer o caso. A resposta revoltou Virgílio. “O melhor aqui no Senado é não saber. Aqui é a república do não sei”, ironizou o líder do PSDB.
Foi a segunda vez que Virgílio e Renan discutiram no plenário do Senado nesta semana. Na terça-feira (15), Virgílio cobrou explicações de Renan sobre a denúncia de que um ex-assessor dele recebeu salário enquanto passava uma temporada de estudos na Austrália. Nessa oportunidade, Renan respondeu que não era dever dos senadores controlar a frequência dos funcionários.
Histórico
O caso do funcionário de Renan que estudou na Austrália é semelhante ao episódio que envolveu o próprio líder do PSDB, alvo de representação do PMDB no Conselho de Ética da Casa por ter garantido vencimentos a um funcionário que estudava em Barcelona, na Espanha.
Virgílio reconheceu o erro e devolveu aos cofres do Senado R$ 329 mil, relativos aos vencimentos do assessor durante o período em que permaneceu em Barcelona. “No meu caso, não menti, reconheci o erro e devolvi o dinheiro. Gostaria de saber como o senhor (Renan) vai se portar diante desses fatos. Se vossa excelência irá se explicar perante a casa”, questionou Virgílio na terça.

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