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Prefeito de São Paulo só gastou 7% da verba para piscinões

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), gastou neste ano apenas 7,3% da verba prevista para a construção de piscinões na cidade.

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), gastou neste ano apenas 7,3% da verba prevista para a construção de piscinões na cidade.
O Orçamento de 2009 prevê um gasto total de R$ 18,5 milhões em novos piscinões e reservatórios de águas das chuvas. Foram congelados R$ 17,1 milhões e empenhados até agora apenas R$ 1,3 milhão.
O maior gasto seria com o piscinão da rua Abegoária, na Vila Madalena. A região não sofreu enchentes graves anteontem, mas o piscinão ajudaria a reter as águas que desembocaram nos rios Pinheiros e Tietê, cujas marginais alagaram.
O gasto previsto com a obra é de R$ 14,8 milhões. O restante da verba é destinada a obras que já estavam em andamento, como o piscinão na divisa com Taboão da Serra (Grande SP).
O congelamento de verba para obras de piscinões contrasta com os gastos em outras obras de drenagem, especialmente canalização de córregos, onde já foram aplicados 99% dos R$ 56,4 milhões previstos.
Para Kassab, os gastos são compatíveis com o Orçamento.
Dos R$ 27,5 bilhões previstos de receita para este ano, R$ 6,3 bilhões foram congelados. Kassab argumenta que a arrecadação será muito menor que o previsto por conta da crise financeira internacional, daí a necessidade de congelamento.
A previsão original de receita era de R$ 29,5 bilhões. A Câmara Municipal, ainda no ano passado, reduziu a previsão para R$ 27,5 bilhões, mas o governo acha que não vão entrar nos cofres nem mesmo R$ 25 bilhões.
O corte de gastos atinge também a manutenção da cidade, especialmente a varrição de ruas. Para este ano, Kassab prevê um gasto de R$ 263,9 milhões para o serviço contra os R$ 300 milhões gastos em 2008 -12,02% a menos.
Além disso, a prefeitura congelou R$ 19,2 milhões da verba de varrição para este ano.
Com isso, as cinco empresas de varrição anunciaram a demissão de 1.600 pessoas -500 já foram demitidas anteontem e o restante deve perder o emprego até a próxima semana. O sindicato da categoria anunciou greve para quarta-feira.
O lixo acumulado nas ruas sem ser recolhido é levado pelas enxurradas e acaba entupindo bueiros, bocas de lobo e galerias de escoamento das águas, agravando as enchentes. Até o elevado Costa e Silva, o Minhocão, alagou anteontem.
“Eles relaxaram nos serviços de limpeza urbana. Choveu muito mesmo, mas não dá para falar que enchente no Minhocão é problema de quantidade de chuva”, afirmou o vereador João Antonio (PT).
A Secretaria das Subprefeituras afirmou que o Minhocão é varrido semanalmente e que as bocas de lobo do elevado foram limpas na semana passada.
Apesar de importantes, obras de retenção de água (como piscinões) e uma melhor manutenção da cidade reduziriam o impacto, mas não evitariam as enchentes de anteontem, segundo Álvaro Rodrigues dos Santos, ex-diretor do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). Para ele, o principal é o combate à impermeabilização e erosão do solo, causadas por novas construções.
 

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