seu conteúdo no nosso portal

Nossas redes sociais

Policia investiga mãe brasileira que pode ter matado a própria filha na Itália

Abalada com a prisão da filha na Itália, a cabeleireira Márcia Cipriano Moreira, 47, atribuiu ontem (7) uma possível contradição no depoimento que Simone Moreira deu à polícia italiana à dor provocada pela morte de Giuliana, de dois anos.

Abalada com a prisão da filha na Itália, a cabeleireira Márcia Cipriano Moreira, 47, atribuiu ontem (7) uma possível contradição no depoimento que Simone Moreira deu à polícia italiana à dor provocada pela morte de Giuliana, de dois anos.
Desde a morte da neta, na quarta-feira (2), segundo ela, Simone ficou desnorteada e fora de controle. “Ela me ligou às 2h30 comunicando a morte da Giuliana. Não falava coisa com coisa e repetia sem parar: ‘Perdi minha porcelana’. Estava em estado de choque”, contou.
Fora de controle, segundo Márcia, a filha prestou o primeiro depoimento à polícia no dia do óbito e o segundo, na quinta-feira. “Logo após o interrogatório, Simone passou mal e foi levada ao hospital pela comadre. Desde então, está sob efeito de sedativos e já quis até cometer suicídio”, declarou.
Nervosa, Márcia não acredita na hipótese de assassinato. “Pela criação que dei a ela, não acredito que tenha cometido um crime desses. Era levada e teimosa quando criança, mas não é uma assassina. Foi uma fatalidade, um acidente.”
Ela mostrou preocupação com a situação de Simone, que também é mãe de Lucas, 5, e, segundo um vizinho, trouxe o menino ao Brasil para morar com Márcia há cerca de 20 dias. “Ela está descontrolada, sozinha, sem um parente por perto, perdeu a filha, foi caluniada e presa”, disse ela, que afirma não ter condições financeiras para ir neste momento à Itália.
Márcia conta ter visto a neta somente três vezes. A última delas, no Carnaval. “Passeamos pela Barra e fomos a Copacabana, onde os pais de Giuliana se conheceram.”
Segundo Márcia, a filha conheceu o italiano Michele Favaro no Carnaval de 2006. Três meses depois, foi morar com ele na Itália. Simone ligou para a mãe em junho daquele ano comunicando a gravidez. O casal se separou no início deste ano após algumas brigas, segundo Márcia.
Simone está presa desde sábado (5) e divide a cela com outras três mulheres, está sob efeito de sedativos e continua a afirmar que é inocente. O interrogatório dela, marcado para ontem (7), foi adiado para amanhã.
Segundo Antonio Fojadelli, procurador da República em Treviso, cujo tribunal é responsável pelo caso, Simone declarou à polícia que a filha pode ter caído de um vão nas grades de proteção que cercam a área do rio. Para o procurador, o vão é muito pequeno, e é difícil que Giuliana tenha chegado sozinha ao rio ou escorregado.
Alvise Tommaseo Ponzetta, um dos advogados de Simone, contestou a hipótese do procurador. “Simone Moreira declarou que a filha desapareceu e nunca disse que a filha caiu daquele vão. Além disso, fui ver pessoalmente o lugar e constatei que há outro ponto, atrás da praça Rizzo, com três degraus, onde a menina poderia ter chegado ao rio”, disse ele à Folha.
 

Compartihe

OUTRAS NOTÍCIAS

TRF1 mantém sentença que obriga Caixa a indenizar cliente por roubo de joias sob sua posse
Apreensão de CNH e passaporte só é autorizada se motivar satisfação da dívida trabalhista
Pessoa com visão monocular obtém isenção do IPI na aquisição de veículo