A hipótese de que o casal Villela e a empregada tenham sido mortos a facadas por assaltantes que roubaram joias do apartamento na 113 Sul começa a perder força. A Polícia Civil ainda não descarta o latrocínio (roubo seguido de morte), mas, agora, uma das principais linhas de investigação aponta para a tese de que o crime tenha sido encomendado e de que as joias teriam sido levadas apenas para confundir a polícia. A reviravolta no caso está amparada em pistas recolhidas no apartamento onde os três foram assassinados e no depoimento de uma testemunha considerada chave — trata-se do homem que foi levado à cena do crime na noite de sexta-feira.
O advogado e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, 73 anos, a mulher dele, Maria Carvalho Mendes Villela, 69, e a empregada, Francisca Nascimento da Silva, 58, foram mortos na noite do último dia 28 — os corpos foram descobertos três dias depois, na última segunda-feira. No total, eles levaram 72 facadas. Com a evolução das investigações, os peritos já não têm mais certeza se a faca encontrada no apartamento 601/602 do Bloco C — o objeto tem cerca de 15 cm — foi a mesma utilizada pelo criminoso. A polícia suspeita que a arma pode ter sido deixada no local das mortes também para confundir os policiais.