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Travestis que foram barrados em entrada de boate não aceita acordo

Os travestis Daniela, Amanda e Maísa - na realidade Gleison Silva Goes, 24; Anderson Felix dos Santos, 20; e Alfred Rodrigues Oliveira, 18 -, que tiveram a entrada barrada na Casa Clube

Os travestis Daniela, Amanda e Maísa – na realidade Gleison Silva Goes, 24; Anderson Felix dos Santos, 20; e Alfred Rodrigues Oliveira, 18 -, que tiveram a entrada barrada na Casa Clube, na Praia do Canto, em Vitória, no início do mês passado, não aceitaram um acordo proposto pelos donos do estabelecimento, durante uma audiência no Procon municipal, nesta quarta-feira (02) à tarde.
A audiência aconteceu depois que os travestis fizeram uma denúncia formal à polícia e ao Centro de Atendimento às Vítimas de Violência e Discriminação. Segundo eles, o que aconteceu, no dia, foi um caso de homofobia.
Nesta quarta, a Casa Clube chegou a propor que cada um dos travestis ganhasse um cartão que dá direito à entrada na casa noturna gratuitamente por um ano. Esse cartão de “sócio” da casa noturna chega a custar R$ 5 mil, e traz vários benefícios para o frequentador do estabelecimento.
Confirmação
Para Daniela, a proposta da Casa Clube nada mais é do que uma confirmação por parte dos donos do estabelecimento, assumindo que houve discriminação. “Não vamos aceitar qualquer coisa. Queremos justiça. Esse cartão não vai minimizar a dor da humilhação que sofremos naquela noite”, disse.
O proprietário da casa noturna, Guilherme Baião, ressaltou, no entanto, que a Casa estava disposta a uma reconciliação. “Sempre nos demonstramos abertos à conversa, nos propusemos a fazer um acordo e eles não quiseram. Não houve e nem há qualquer tipo de discriminação com os frequentadores da Casa Clube. Agora nós é que estamos sendo discriminados”, destacou.
Como as partes não chegaram a um acordo, cabe, agora, à gerência do Procon de Vitória decidir de o estabelecimento será ou não multado nesse processo administrativo movido pelos travestis.

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