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Carrefour afasta gerência de loja em Osasco (SP) após agressão

Carrefour informou nesta quinta-feira que afastou a gerência de sua loja em Osasco (Grande São Paulo) e substituiu a empresa que prestava serviços de segurança para o supermercado após um cliente contar ter sido espancado por vigias da loja.

O Carrefour informou nesta quinta-feira que afastou a gerência de sua loja em Osasco (Grande São Paulo) e substituiu a empresa que prestava serviços de segurança para o supermercado após um cliente contar ter sido espancado por vigias da loja. Em nota, o supermercado afirma ainda que determinou o “máximo rigor na apuração dos fatos”.
Momentos antes, a empresa havia divulgado uma outra nota em que informava apenas que um dos vigias havia sido afastado.
“O negro com aparência humilde é o suspeito padrão. Mesmo ensanguentado, todo maltratado, ele foi tratado como suspeito até mesmo pelos policiais militares que atenderam a ocorrência, e teve que provar que o carro era seu para deixar o estacionamento”, disse Dojival Vieira dos Santos, um dos advogados de Santana.
Na próxima terça-feira (25), Santana deverá prestar depoimento sobre o caso no 9º Distrito Policial de Osasco, onde o caso está sendo investigado. Segundo Santos, ele tem condições de reconhecer as pessoas que o agrediram.
O advogado afirmou ainda que espera que o inquérito seja concluído em 30 dias. Quando foi agredido, Santana passou por exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal).
Santos diz que os policiais militares que estiveram no local só autorizaram sua saída do mercado após a apresentação do documento, sem prestar socorro. Segundo o advogado, Santos não recebeu atendimento e teve de se dirigir sozinho a um hospital para ser socorrido.
O advogado afirmou que pretende acionar na Justiça tanto o Estado quanto a empresa por danos morais. Na ocasião, a mulher de Santana fazia compras no mercado com os dois filhos do casal.
Em nota, a Polícia Militar informou que abriu um procedimento interno para apurar as denúncias e disse que “não compactua com nenhum tipo de discriminação”.
Santos considerou a abertura de um procedimento para apurar as acusações na polícia “positivo”, mas reafirmou que aguarda uma resposta da Justiça em relação ao caso. “Nesse momento o mais importante é reconhecer os agressores e puni-los”, disse. “O negro não pode mais ser o suspeito padrão [de qualquer crime]”, afirmou.
“Eles [a polícia e os seguranças do mercado] pensaram que jamais um negro poderia dirigir um EcoSport”, disse o advogado.
Segundo o advogado, o carro está registrado no nome da mulher de Santana, que fazia compras no mercado com os dois filhos do casal.

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