seu conteúdo no nosso portal

Nossas redes sociais

Sem terras protestam em 11 estados brasileiros

A jornada de lutas do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que cobra do governo federal a realização da reforma agrária e o fortalecimento dos assentamentos, realiza nesta terça-feira protestos em 11 Estados e em Brasília.

A jornada de lutas do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que cobra do governo federal a realização da reforma agrária e o fortalecimento dos assentamentos, realiza nesta terça-feira protestos em 11 Estados e em Brasília.
Cerca de 2.000 trabalhadores rurais do MST e da Via Campesina ocupam a entrada principal do Ministério da Fazenda, em Brasília, para exigir que governo federal invista na promoção da reforma agrária no país, além do desenvolvimento dos assentamentos já instituídos.
Apesar de a manifestação ser pacífica, ninguém entra nem sai do prédio. O ministro Guido Mantega não se encontra no local.
Sem-terra ocupam Ministério da Fazenda em Brasília
MST se mobiliza em Brasília e cinco Estados para cobrar promessas de reforma agrária
MST inicia marcha em Pernambuco em protesto pela reforma agrária
Os sem-terra querem o descontingenciamento de R$ 800 milhões do orçamento do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) para este ano e a aplicação na desapropriação e obtenção de terras, além de investimentos no passivo dos assentamentos.
Segundo o movimento, parte significativa das famílias acampadas do MST está à beira de estradas desde 2003. O ato também exige o assentamento das 90 mil famílias acampadas pelo país e o investimento em habitação, infraestrutura e produção de 45 mil famílias que estão assentadas apenas no papel.
Já estão previstas outras duas manifestações em favor da reforma agrária. No dia 14, o MST se reúne na Esplanada junto com entidades sindicais e estudantis para a reivindicação de pautas diversificadas sobre educação, crise financeira e reforma agrária.
No dia 19, os sem-terra se mobilizam junto com representantes de sindicatos dos petroleiros para realizar uma passeata em favor da Petrobras e do petróleo nacional.
Inicialmente, a expectativa é que a “jornada” dure uma semana, mas José Batista Oliveira, coordenador nacional do MST, admite que pode durar mais caso não notem nenhum avanço na efetivação das reivindicações.
“Não pretendemos morar em Brasília, mas a jornada não tem previsão para acabar. Esperamos que o conjunto do governo –algum órgão ou o próprio Lula– se mobilize para efetivar.”
Protestos
Em Belém (PA), 850 trabalhadores do MST ocuparam a delegacia do Ministério da Fazenda, depois de sete dias de marcha de 200 km, do município de Irituia até a capital do Estado, pela rodovia Belém-Brasília.
Em Curitiba (PR), cerca de 400 sem-terra ocuparam a representação do Ministério da Fazenda, no centro da cidade. Em frente ao Incra, estão acampados mais 100 trabalhadores rurais.
Em Cuiabá (MT), cerca de 1.200 trabalhadores ocuparam o prédio da Receita Federal, órgão do Ministério da Fazenda.
Em São Paulo, os 1.000 marchantes do MST, que chegaram ontem à cidade após uma caminhada de 100 km, fizeram um protesto em frente à delegacia do Ministério da Fazenda (ao lado da estação de metrô Luz) para denunciar a política econômica do governo federal, que impede a realização da reforma agrária.
Eles ocuparam a praça Charles Miller, em frente ao estádio do Pacaembu, desde ontem, na chamada Marcha Estadual do MST –que teve início em Campinas. Na manhã de hoje, saíram em passeata pela avenida Pacaembu e também passaram pela avenida São João.
Em Porto Alegre (RS), cerca de 1.000 trabalhadores e trabalhadoras da Via Campesina montaram um acampamento no pátio do Ministério da Fazenda.
Em Florianópolis (SC), 400 trabalhadores do MST fizeram protesto em frente à delegacia do Ministério da Fazenda.
Em Salvador (BA), cerca de 400 integrantes do MST ocuparam a superintendência do Incra em protesto contra os cortes do orçamento da reforma agrária e em defesa do assentamento das 28 mil famílias acampadas em todo o Estado.
No Ceará, cerca de 1.500 mil pessoas estão mobilizadas em todo o Estado. Em Fortaleza, sem-terra ocuparam o Incra. No município de Caucaia, foi ocupada uma fazenda improdutiva. Foram realizados protestos em órgãos públicos em diversos municípios.
Em Petrolina (PE), cerca de 150 famílias do MST ocupavam a sede do Incra, no sertão do Estado, para fortalecer as reivindicações da marcha estadual. No primeiro dia da marcha, 2.500 trabalhadores e trabalhadoras rurais de Pernambuco caminharam 12 km da cidade de Pombos, no agreste Pernambucano, até o município de Vitória de Santo Antão. Na chegada a Vitória, foi realizado um ato publico no centro da cidade com panfletagem e exposição de fotos dos 25 anos do MST.
Em Maceió (AL), cerca de 600 agricultores de várias regiões de Alagoas chegaram pela manhã para se somarem às mobilizações da jornada nacional de lutas. No Estado de Alagoas, marcado pela concentração fundiária e pela superexploração da mão-de-obra do campo na monocultura da cana-de-açúcar, são contabilizadas hoje 5.890 famílias acampadas organizadas pelo MST.
No Mato Grosso do Sul, divididos em duas colunas, 850 sem-terra iniciaram uma marcha no sábado, que chegará sexta-feira à capital Campo Grande. Com o lema “Terra, Trabalho e Soberania”, a 6ª Marcha Estadual alerta sobre necessidade da reforma agrária para a construção de uma alternativa à crise econômica.
 

Compartihe

OUTRAS NOTÍCIAS

Apreensão de CNH e passaporte só é autorizada se motivar satisfação da dívida trabalhista
Pessoa com visão monocular obtém isenção do IPI na aquisição de veículo
Trabalhador que passa por desvio de função tem direito à diferença de salário entre os cargos