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Primeiro acusado por crime em Matinhos (PR) tem de “seis meses a um ano de vida”, diz irmão

Juarez foi preso após ser reconhecido como autor do crime por Monik Pergorari de Lima, uma das vítimas e namorada de Osíris Del Corso, que foi assassinato na ocasião.

O policial civil Altair Ferreira Pinto, 49, afirmou que seu irmão, Juarez Ferreira Pinto, 42, preso acusado de ter matado um universitário de 22 anos e baleado sua namorada de 23 no dia 31 de janeiro em Matinhos (PR), tem de seis meses a um ano de vida. Portador do vírus HIV e de hepatite B e C, Juarez está na cadeia desde março, mas espera ser libertado após Paulo Delci Unfried, preso no último dia 24 depois de invadir uma casa e violentar uma mulher, ter assumido a autoria do crime no litoral paranaense.
Juarez foi preso após ser reconhecido como autor do crime por Monik Pergorari de Lima, uma das vítimas e namorada de Osíris Del Corso, que foi assassinato na ocasião. “O médico que examinou meu irmão disse que ele tem de seis meses a um ano de vida”, afirmou Altair.
Há quatro meses na Casa de Custódia de Curitiba, Juarez está preso em cela isolada para evitar que outros presos o castiguem, já que Monik o acusou de tê-la estuprado, de acordo com Altair. “Se em liberdade ele andava muito debilitado, não aguentava andar mais de 200 metros, imagine na cadeia, sozinho, ameaçado por outros presos por ser acusado por estupro, por ter um irmão policial e por possuir o vírus HIV”, diz o policial.
Segundo Altair, no dia do crime Juarez estava em Pontal do Paraná, que fica a 22 km do Morro do Baú, onde o crime foi consumado. “Ele estava com a família. Nunca na vida foi para Matinhos. Um médico e perito criminal o examinou e constatou que sequer ele tinha condições de subir o morro”, diz.
O policial afirma também que Monik, que mesmo após a confissão de Unfreid reconheceu Juarez como o verdadeiro criminoso, pode estar “se enganando” pelo fato de ter passado por uma situação traumática.
“É comum acontecer esse tipo de coisa. A vítima, quando está traumatizada, pode se confundir, cometer erros”, diz Altair. Para o policial, a confirmação de que a arma apreendida com Unfreid foi a mesma utilizada no crime e a confissão da autoria são provas suficientes para comprovar a inocência de seu irmão.
De acordo com Altair, Juarez e Unfreid possuem muitas semelhanças físicas, embora seu irmão seja um pouco mais calvo. Quando foi divulgado o retrato falado do criminoso do Morro do Baú, o próprio policial orientou Juarez a procurar a polícia para que não tivesse problemas futuros. No entanto, na terceira vez que foi a um Distrito Policial para realizar exames, Juarez foi preso, acusado pelos crimes, segundo o advogado de defesa Mário Lúcio Monteiro Filho.
Altair assume que se equivocou ao apresentar várias pessoas para testemunhar a favor de seu irmão durante as investigações. “A polícia tinha argumentos para desconfiar do Juarez porque várias testemunhas se atrapalharam, confundiram datas, em seus depoimentos. Na época do crime eles tinham que dar uma resposta ao crime. A defesa inicial foi frágil. Mas hoje, após a confissão e depois de tudo o que aconteceu, está muito claro que meu irmão é inocente”, diz.
Policial civil em Curitiba há 25 anos, Altair disse que nunca teve um relacionamento muito próximo com o irmão. “Não tínhamos um relacionamento bom. Eu era contra as amizades que ele tinha no Uberaba, que é um bairro muito violento da periferia de Curitiba.”
Segundo Altair, Juarez ficou na prisão por um pouco mais de um ano por ter sido pego com 23 pedras de crack. “Ele era usuário de drogas e nada mais. Hoje, na cadeia, ele ‘jogou na mão de Deus’ seu destino”.

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