O Ministério Público Federal denunciou ontem dois executivos da construtora Camargo Corrêa e dois da Andrade Gutierrez, por suposta formação de cartel, quadrilha e fraude no processo de licitação do metrô de Salvador (BA). A denúncia é desdobramento da Operação Castelo de Areia, deflagrada em março pela Polícia Federal para investigar evasão, lavagem de dinheiro e crimes financeiros.
A concorrência, com recursos da União e a partir de financiamento do Banco Mundial, foi aberta em 1999. As obras tiveram início em 2000, mas ainda não foram concluídas. Segundo a Procuradoria da República, as construtoras montaram o consórcio Metrosal para disputar a licitação, vencida pelo consórcio Cigla. Após desistência do vencedor, o Metrosal foi escolhido. A troca teria custado R$ 11 milhões para as duas empreiteiras . Não há menção sobre envolvimento de autoridades da Prefeitura de Salvador.