A Justiça japonesa anunciou nesta quinta-feira que libertará um detento que estava condenado à prisão perpétua depois que exames de DNA apontaram para sua inocência. Segundo a agência de notícias Kyodo, Toshikazu Sugaya, 62, foi condenado à prisão perpétua em 93, após ser declarado culpado do assassinato de um menina de 4 anos três anos antes.
Após vários recursos e pedidos para reiniciar o processo judicial, Sugaya deixará a prisão à espera de um novo julgamento, no qual a principal prova usada para incriminá-lo –rastros de seus supostos fluidos na roupa da vítima– foram invalidados pelos exames de DNA. O crime ocorreu em Ashikaga (centro do Japão).
Sugaya confessou ter sequestrado e assassinado a menina após os interrogatórios, mas se retratou posteriormente, em um país onde 90% dos casos levados a julgamento acabam com condenação.
Em maio, o Supremo Tribunal de Tóquio declarou que os restos de fluidos encontrados nas roupas da menina não pertenciam ao condenado, o que contradizia uma análise anterior realizada em 1991 e que foi usada para incriminá-lo.
Ainda este mês a defesa de Sugaya enviará uma nova alegação de inocência, o que poderia significar a liberdade definitiva do japonês.