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Terceiro mandato presidencial seria casuísmo, diz Gilmar Mendes

Gilmar Mendes conversou com os jornalistas depois de participar de uma homenagem pelos 60 anos da Lei Fundamental alemã, na Embaixada da Alemanha, em Brasília.

“As duas medidas têm muitas características de casuísmo”, disse na manhã desta segunda-feira (25) o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, sobre as propostas de parlamentares, amplamente divulgadas pela imprensa, que dariam a chance do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, concorrer a um terceiro mandato consecutivo em 2010. Para o ministro, as propostas seriam incompatíveis com o princípio republicano.
Gilmar Mendes conversou com os jornalistas depois de participar de uma homenagem pelos 60 anos da Lei Fundamental alemã, na Embaixada da Alemanha, em Brasília. O presidente da Corte Suprema brasileira disse acreditar que qualquer das propostas – uma que permite ao presidente concorrer a mais um mandato, e outra que “estica” os mandatos do presidente e de governadores em mais dois anos – se aprovadas no Congresso Nacional – “dificilmente serão referendadas ou ratificadas pelo STF.”
O ministro lembrou que a reeleição é prática comum em vários países democráticos. Mas não a reeleição continuada. “Democracia constitucional é mais do que eleição. É eleição sob determinadas condições estabelecidas na Constituição – inclusive respeito às regras do jogo”. Para Gilmar Mendes, uma mudança nessas regras do jogo, principalmente nesse momento, “seria uma lesão ao princípio republicano”.
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Leia, a seguir, as respostas do ministro Gilmar Mendes:
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Sobre as propostas de terceiro mandato e extensão do mandato:
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Acho difícil fazer essa compatibilização com o princípio republicano. As duas medidas têm muitas características de casuísmo, por isso vejo que elas dificilmente serão referendadas ou ratificadas pelo STF.
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Sobre reeleição:
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Esse tema [reeleição] nunca chegou, que me lembre, a ter alguma impugnação. E a reeleição é uma prática de vários países democráticos. Agora, a reeleição continuada – que pode ser a terceira, a quarta, a quinta – o que a gente está aprendendo, no Brasil, é que Democracia constitucional é mais do que eleição. É eleição sob determinadas condições estabelecidas na Constituição – inclusive respeito às regras do jogo.
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Sobre reeleição continuada:
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A reeleição continuada, certamente, no modelo que nós praticamos, seria uma lesão ao princípio republicano.

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