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TCU vai investigar repasses de recursos públicos da Petrobras a entidades ligadas a políticos

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) vai pedir uma auditoria em todos os contratos feitos pela Petrobras e organizações não governamentais que receberam recursos da estatal.

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) vai pedir uma auditoria em todos os contratos feitos pela Petrobras e organizações não governamentais que receberam recursos da estatal. A devassa vai ser feita principalmente em entidades que foram denunciadas recentemente e que têm políticos em seus comandos ou que não usaram corretamente o dinheiro público. A fiscalização deverá atingir, inicialmente, pelo menos nove instituições. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada no Senado para apurar supostas irregularidades na empresa também vai requisitar todos os documentos existentes no TCU sobre o assunto para serem analisados.
“Como os patrocínios são feitos com dinheiro público, é natural que tudo tenha que passar pelo crivo do TCU”, afirma o procurador Marinus Marsico, representante do Ministério Público junto ao tribunal. Segundo ele, a Corte tem hoje um trabalho em torno das ONGs em andamento, mas poderá incluir o levantamento relacionado com a Petrobras. “Se os técnicos não tiverem fazendo a fiscalização atualmente, vamos pedir para que inclua a empresa na auditoria”, explica Marsico. As últimas denúncias de que partidários do PT dirigiam organizações que recebiam dinheiro da Petrobras ou que são acusadas de desvios motivaram a vistoria dos contratos.
Na Bahia surgiu um caso em que a Associação de Apoio e Assessoria a Organizações Sociais do Nordeste (Aanor) foi contratada pela Petrobras para gerenciar recursos repassados a 26 prefeituras do interior do estado, um total de R$ 1,4 milhão. O dinheiro tinha como finalidade financiar festas juninas realizadas no ano passado. A organização repassou os recursos para empresas especializadas em realização de eventos. Há a suspeita de que as firmas seriam indicação das próprias prefeituras onde os festejos seriam realizados. A ONG era dirigida por Aldenira da Conceição Sena, vice-presidente do PT baiano. Outra entidade a ser investigada é ligada a pequenos agricultores em Goiás. Ela é suspeita de desvio de recursos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

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