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Partidos ficam contra indicação de candidato de Gilmar Mendes para CNJ

A disputa por uma vaga no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) provocou conflito entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e as lideranças do DEM e do PSDB no Senado.

A disputa por uma vaga no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) provocou conflito entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e as lideranças do DEM e do PSDB no Senado. Mendes é acusado de tentar interferir na escolha pelo Senado de um integrante do CNJ E acabou despertando a insatisfação dos dois partidos da oposição que sempre o apoiaram.
Os líderes do DEM, José Agripino (RN), e do PSDB, Arthur Virgílio (AM), bancaram a indicação do advogado Erick Pereira para a vaga. Tiveram o apoio de outros líderes, como Renan Calheiros (PMDB-AL). Esperavam não encontrar dificuldades para aprovar a indicação no plenário.
No entanto, depois de ter declarado que não tomaria partido nessa disputa, o presidente do STF conversou com senadores e defendeu a candidatura de outro candidato, o professor Marcelo Neves, que dá aulas no Instituto de Direito Público (IDP), de propriedade de Mendes. A pedido de Aloízio Mercadante (PT-SP), o presidente do STF encaminhou carta ao Senado recomendando a indicação de Neves.
Nesse movimento, Mendes teve apoio de integrantes do governo, que viram na indicação de Erik Pereira, filho do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Emmanoel Pereira, caso de nepotismo. Ao analisar o currículo dos três candidatos – também está na disputa o professor André Ramos Tavares –, o governo optou por apoiar Neves e acertou a estratégia com Mendes
Senadores insatisfeitos passaram a taxar Neves como candidato do STF, e não do Senado. Dizem que o candidato da Casa, a quem de fato cabe preencher a vaga, é Pereira e questionam por que o presidente não indicou seu candidato à vaga que será preenchida por escolhido do tribunal.
A confusão deixou o PSDB, principalmente, em situação delicada. O partido não pode recuar no apoio já declarado a Erick e no acordo com o DEM. Não quer, ao mesmo tempo, ser responsabilizado por derrota política de Mendes, indicado ao tribunal pelo ex-presidente FHC.

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