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Câmara paga voos de deputados e famílias ao exterior

Cinco integrantes da Mesa Diretora viajaram ou enviaram as famílias dezenas de vezes a destinos como Europa, Estados Unidos e Argentina. Cota mensal dos deputados ultrapassa R$ 28 mil

Cinco dos 11 integrantes da Mesa Diretora utilizaram a cota da Câmara para bancar 49 viagens internacionais nos últimos dois anos. As passagens saíram da cota dos deputados Inocêncio Oliveira (PR-PE), segundo secretário, Odair Cunha (PT-MG), terceiro secretário, Nelson Marquezelli (PTB-SP), quarto secretário, Leandro Sampaio (PPS-RJ), terceiro suplente de secretário, e Manoel Junior (PSB-PB), quarto suplente de secretário.
Único dos quatro parlamentares a ocupar um cargo da Mesa anterior, na época da emissão das passagens, Inocêncio Oliveira cedeu parte de sua cota para financiar a viagem da mulher, das filhas e da neta para os Estados Unidos e a Europa. O deputado não utilizou a cota para viagens ao exterior.
A mulher dele, Ana Elisa Oliveira, e a filha Shely Oliveira Rollemberg foram as principais beneficiárias das passagens custeadas pela Câmara. Foram quatro trechos para cada uma: São Paulo-Nova Iorque, Nova Iorque-São Paulo, São Paulo-Frankfurt e Milão-São Paulo.
As outras duas filhas do casal viajaram três trechos com a cota: São Paulo-Nova Iorque; Nova Iorque-São Paulo e São Paulo-Frankfurt. Amanda Rollemberg, neta de Inocêncio, viajou de São Paulo a Miami, nos Estados Unidos, e de Miami a Salvador na cota do deputado. As passagens foram emitidas nos dias 22 de agosto e 21 dezembro de 2007.
Procurado para comentar o motivo de ter cedido a cota da Câmara para viagem internacional de familiares, Inocêncio admitiu que a família viajou com recursos da Casa. Mas não vê nenhuma ilegalidade nisso.
Para Inocêncio, não há qualquer norma que proíba a utilização do benefício com essa finalidade. “Cada parlamentar faz o que quiser com sua cota”, disse o deputado por meio de sua assessoria de imprensa.
Diferentemente de Inocêncio, [url=http://congressoemfoco.ig.com.br/noticia.asp?cod_canal=1&cod_publicacao=27838&filha=1][u][color=#0000ff]o Ministério Público recomendou à Câmara [/color][/u][/url]mudanças no uso das cotas justamente por considerar a atual legislação suficiente para proibir voos internacionais e o repasse dos bilhetes para terceiros, como familiares.
Na época das viagens, Inocêncio Oliveira era o segundo vice-presidente da Câmara. Os deputados que integram a Mesa Diretora têm direito a um acréscimo de R$ 13.116,21 na sua cota de passagens. O valor adicional equivale a 70% da maior verba distribuída aos parlamentares, aqueles que residem em Roraima. No caso dos suplentes de secretário, o acréscimo é de 25%, mesmo percentual garantido aos líderes partidários.

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