seu conteúdo no nosso portal

Nossas redes sociais

CNJ limita o uso de carros

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai proibir expressamente que juízes e funcionários de tribunais usem carros oficiais para passear. O veto faz parte de uma resolução que deve ser aprovada até o fim do mês.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai proibir expressamente que juízes e funcionários de tribunais usem carros oficiais para passear. O veto faz parte de uma resolução que deve ser aprovada até o fim do mês. A proposta começou a ser discutida no ano passado e agora vai, finalmente, ganhar forma. Esta semana, os conselheiros se reuniram para bater o martelo. “O Judiciário tem que dar o exemplo do zelo pela coisa pública”, disse o relator da resolução, Antonio Umberto de Souza Junior.
A resolução deve seguir os parâmetros fixados pelo relator, que vai determinar, também, a restrição do uso de veículos. Mas a proposta deverá ser submetida, antes, à consulta pública. Dessa forma, qualquer cidadão poderá dar sugestões e ajudar a evitar o mau uso do dinheiro público. “A base fundamental é procurar adaptar o que já existe no Executivo, por meio de um decreto. Vamos dizer o que parece ser óbvio: que os carros só poderão ser usados em atividades ligadas ao trabalho e não nos fins de semana. Vamos também limitar o uso de veículos institucionais a um grupo bem limitado”, explicou Antonio Umberto.
Responsável pelo controle externo do Judiciário, o CNJ quer evitar abusos. A iniciativa ganhou força com a pressão feita por entidades como a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Recentemente, a AMB encaminhou ao conselho denúncia de que o carro oficial de um desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) foi flagrado na praia de Boa Viagem em pleno sábado. O caso foi discutido pelos conselheiros. Ao Correio, o TJ negou que o magistrado tenha usado o carro para passear no fim de semana.
O conselho decidiu aprovar ainda uma resolução para regularizar o pagamento de diárias para magistrados por entender que não há coerência na prática. “Queremos dar maior transparência e moralidade a este assunto, estabelecendo critérios objetivos a serem adotados”, disse o relator do pedido, conselheiro Técio Lins e Silva. O tema também será submetido à consulta pública. A AMB, que provocou a discussão, quer que os tribunais esclareçam, na hora de autorizar o pagamento das diárias, quem está recebendo o benefício, o deslocamento do juiz e o que exatamente ele vai fazer. A proposta foi encaminhada ao CNJ no ano passado. “Chegamos a um ponto em que não há o menor controle. Não quero acabar com o pagamento de diária, quero é transparência na concessão da diária”, afirmou o presidente da associação, Mozart Valadares Pires.

Compartihe

OUTRAS NOTÍCIAS

Juiz de São Paulo será investigado por descumprir ordem do STJ
STJ admite voto de ministro que não viu sustentação oral presencial
Pescadora artesanal consegue auxílio seguro-defeso não concedido pelo INSS