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Maleiro de filho de Sarney ainda trabalha no Senado

Marco Antônio Bogéa usou passagem da Câmara para levar mala a pedido de Fernando Sarney

[color=#414141]É no Senado que a Câmara pode começar a desvendar a origem de uma passagem aérea paga com cota da Casa para um colaborador do empresário Fernando Sarney.
Marco Antônio Bogéa, investigado pela Polícia Federal (PF) na Operação Boi Barrica, continua trabalhando no Senado, desde junho de 2007, agora na função de produtor musical da Rádio Senado. Como revelou o Congresso em Foco no último dia 5, Bogéa usou o bilhete da Câmara para levar uma mala de Brasília para São Paulo a pedido do filho do presidente do Senado.
O colaborador do empresário maranhense e que, segundo a PF, atuava em Brasília como motorista de Fernando Sarney, também foi funcionário terceirizado na função de assistente de produção da TV Senado entre os dias 16 de junho de 2004 e 13 de junho de 2007.
Ainda no último dia de trabalho na TV Senado, Bogéa foi contratado pela Adservis Multiperfil Ltda, empresa que tem contrato mensal de mais R$ 331 mil para fornecimento de mão-de-obra para Rádio Senado. Na TV Senado, o funcionário tinha seu contrato terceirizado pela Ipanema Empresa de Serviços Gerais e Transportes LTda, empresa investigada pelo Ministério Público Federal por supostos contratos irregulares com o Senado.
Procurado pela reportagem na Rádio Senado, Bogéa afirmou que leu as reportagens do site sobre o uso indevido da passagem aérea da Câmara, mas preferiu não se manifestar e não quis responder perguntas sobre seu relacionamento com Fernando Sarney e o uso do bilhete emitido em seu nome, mas por meio da cota mensal do deputado Carlos Abicalil (PT-MT).
Os delegados reponsáveis pelo caso afirmam que pediram informações à TAM sobre o bilhetes usados por Bogéa porque seu salário na TV Senado, era insuficiente para que ele pudesse acumular 41.875 pontos na TAM.
O salário de Bogéa, segundo apurou o site, era de R$ R$ 1.406,76. A descoberta da PF mostrou um pouco mais do complexo mundo do sistema de cotas das passagens aéreas disponível aos parlamentares. Os delegados responsáveis pelo caso acabaram revelando o uso indevido das cotas.
A investigação da PF acusa o empresário Fernando Sarney, de montar um esquema de corrupção no governo. Os movimentos de Bogéa complicam um pouco mais a vida de Fernando. Na data da viagem, 19 de julho de 2008, Bogéa estava trabalhando na Rádio Senado há pouco mais de um mês.
Segundo o relatório da PF, que diz ter acompanhado os passos dele em Brasília neste dia, a mala foi transportada no voo JJ 3719, até a casa de Fernando Sarney nos Jardins, na capital paulista.
De acordo com o relatório da operação, foi Astrogildo Quental, diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Eletrobrás, quem entregou essa carga para Bogéa antes do embarque. Quental foi indicado para o cargo pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-MA), e foi secretário estadual de Infra-Estrutura do Maranhão no governo de Roseana Sarney.
“Após contato com Astrogildo Quental, onde recebeu uma mala, cujo conteúdo não se pode determinar e, no dia seguinte, embarcou rumo a São Paulo, num voo da TAM, em estado visivelmente tenso, a fim de levar algo a pedido de Astrogildo”, diz o relato dos delegados Márcio Adriano Anselmo e Thiago Monjardim Santos, ambos da Divisão de Repressão a Crimes Financeiros da PF.
O gestor do contrato com a empresa terceirizada e chefe da Secretaria Técnica Eletrônica do Senado, Agnaldo Scárdula, ficou surpreso ao saber que Bogéa está sendo investigado pela PF e que usou passagem aérea da Câmara. Scárdula também informou que fez a migração do funcionário da TV para Rádio Senado devido a uma vaga de produtor musical no órgão de comunicação da Casa.
“Não sabia dessas informações, mas parece que eles se envolveu em um situação grave”, disse Scárdula. Ainda, segundo o chefe da Secretaria Técnica Eletrônica do Senado, Bogéa ficou fora de suas funções por quatro meses, em 2008, alegando problemas de saúde
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