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Protógenes teria usado métodos ilegais, diz revista Veja

Delegado teria feito escutas clandestinas, vídeos e fotos de uma série de políticos, magistrados e jornalistas

Reportagem publicada pela [b]revista Veja [/b]desta semana reforça a suspeita de que o delegado da Polícia Federal, [b]Protógenes Queiróz[/b], usou métodos ilegais para investigar autoridades influentes dos três poderes e até pessoas do círculo pessoal do presidente [b]Luiz Inácio Lula da Silva[/b]. A lista de investigados incluiria a ministra da Casa Civil, [b]Dilma Rousseff[/b], e o filho do presidente e de dona Marisa, [b]Fábio Luiz da Silva, o Lulinha[/b].
As primeiras denúncias feitas pela revista já são conhecidas, como as suspeitas de que o ex-ministro José Dirceu e os senadores do DEM Heráclito Fortes (PI) e ACM Júnior (BA) teriam atuado como lobistas do dono do Grupo Opportunity, Daniel Dantas.
A revista indica que a Polícia Federal começou a divulgar os arquivos pessoais do delegado, que comandou a Operação Satiagraha – instalada para investigar apenas o banqueiro Dantas, mas que teria ido além de suas atribuições e feito escutas clandestinas, vídeos e fotos de uma série de políticos, magistrados e jornalistas. A revista apresenta motivos que teriam levado Protógenes a investigar nomes como o do ex-ministro José Dirceu, o ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, o assessor do Palácio do Planalto, Gilberto Carvalho, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e os senadores do DEM Heráclito Fortes (PI) e ACM Júnior (BA).
A reportagem se baseia em supostos documentos encontrados em pen drives do delegado, como antecipou o jornal O Estado de S.Paulo em janeiro, e no depoimento de um agente da Abin que trabalhou na Satiagraha para a Polícia Federal.
No dia 17 de setembro de 2008, o espião Lúcio Fábio Godoy de Sá relatou que Protógenes disse para ele que a investigação envolvia espionagem internacional e era de interesse do presidente Lula. O presidente queria a apuração dos fatos pois até seu filho Fábio teria sido cooptado pela organização criminosa, como teria relatado o delegado ao espião.
A revista pondera que a suspeita sobre Fábio se deve a um fato conhecido: a contratação pela Brasil Telecom, controlada por Daniel Dantas, da Gamecorp, produtora de games do filho de Lula. Dantas dava R$ 100 mil por mês a Fábio, segundo a revista. O Palácio do Planalto ainda não se pronunciou sobre a reportagem. A assessoria da ministra Dilma Rousseff também não se pronunciou.
Os arquivos encontrados em um apartamento de Protógenes Queiróz no Rio indicam, segundo a revista, que o delegado colecionava também histórias de alcova. Protógenes teria investigado a vida pessoal de Dilma Rousseff, a candidata de Lula ao Palácio do Planalto em 2010. Sobre José Dirceu, o delegado suspeitava, de acordo com Veja, que era consultor de Dantas e de empresários como Eike Batista, e Norberto Odebrecht e dos grupos JPMorgan e Camargo Gutierrez.
Trecho de um depoimento de uma pessoa que não tem o nome revelado, publicado pela revista, diz que um grupo controlado por Dirceu teria faturado R$ 800 milhões num negócio de indenização a pescadores da Baía de Guanabara vítima de derramamento de óleo.
Já o ministro Mangabeira Unger teria sido espionado pelo delegado por serviços de “consultoria” prestados a Dantas.
A revista publica planilha que faria parte dos arquivos de Protógenes em que o delegado classifica Mangabeira e outras autoridades como “agentes públicos e políticos associados” a Daniel Dantas. Fazem parte desta lista os senadores oposicionistas Heráclito Fortes e ACM Júnior, possíveis lobistas do banqueiro no Congresso, o ex-presidente do Banco do Brasil, Cássio Casseb, e Mauro Osawa, um gerente da Caixa Econômica Federal em São Paulo. Veja relata ainda que a PF ainda não conseguiu abrir arquivos digitais do delegado, protegidos por senhas. Um desses arquivos é intitulado “Serra”. A revista não informa se o nome do arquivo é uma referência ao governador de São Paulo, José Serra.

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