O Partido dos Trabalhadores (PT) em Arraial do Cabo (RJ) questiona no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decisão da corte estadual, que julgou improcedente uma ação de investigação judicial eleitoral por suposto abuso de poder econômico contra Fuad Diuana Zacharias (PSL), levando em consideração o fato de que o candidato não foi eleito prefeito do município no pleito de 2008, ficando em terceiro lugar na disputa.
De acordo com o diretório municipal do PT, as provas constantes dos autos são inquestionáveis, no sentido de que Zacharias, um rico empresário segundo a legenda dos trabalhadores, mudou-se para o município com claras intenções eleitoreiras. O próprio Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) reconheceu, em sua decisão, que “as provas carreadas nos autos não deixam dúvida quanto à concretização dos fatos descritos na representação de abuso de poder econômico com os atos de caridade e de benemerência, amplamente divulgadas pela imprensa local”.
Mas a corte estadual entendeu que não houve potencialidade lesiva a ponto de influenciar no pleito, tendo em vista que o candidato não se elegeu, obtendo apenas 12,51% dos votos válidos. Para o PT, contudo, não fossem os abusos econômicos cometidos, Zacharias obteria bem menos votos. A decisão do TRE fluminense “confundiu potencialidade lesiva de influir no resultado do pleito com o próprio resultado em si, o que somente se pode admitir como absurdo”, conclui o PT, pedindo a condenação de Fuad Zacharias.
