O 2° Tribunal do Júri de Goiânia condenou a 18 anos de reclusão, em regime fechado, o operador de máquinas Roni Abreu Fernandes, de 39 anos, acusado de matar o pintor Roberto Carlos Dias, então com 38 anos, e Weder Pereira Assunção, então com 25 anos, fato ocorrido na noite de 9 de fevereiro de 2006, no Bairro São Carlos. Joselito dos Santos Prado, 22, acusado do mesmo crime, não foi a julgamento porque o processo foi desmembrado. A sessão foi presidida pelo juiz Antônio Fernandes de Oliveira.
De acordo com a denúncia, Roni tomou conhecimento de que Roberto havia contratado Weder para matá-lo por causa de uma discussão entre eles, ocorrida uma semana antes do fato. Na noite do crime, as vítimas estavam num bar bebendo e conversando, quando os réus, armados com um revólver, e após prévio acordo, se dirigiram para o bar. Ao chegar ao local, Roni aproximou-se da mesa onde estavam as vítimas e perguntou a Weder porque ele queria matá-lo. Antes que a vítima respondesse, o operador de máquinas deu-lhe cinco tiros, provocando-lhe a morte. Em seguida, Roberto se dirigiu para o interior do bar onde estava Joselito e disparou um tiro nele, matando-o. Após o crime, os réus fugiram de bicicleta.
Em plenário, o representante do Ministério Público (MP) pediu a condenação do réu pela prática de homicídio qualificado, mediante recurso que impossibilitou a defesa das vítimas, com agravante de reincidência. O defensor sustentou a tese de legítima defesa e das atenuantes de influência de violenta emoção provocado por ato injusto da vítima, além da confissão espontânea. Os jurados acataram a tese do MP, com exceção da qualificadora baseada no fator surpresa.
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