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Justiça questiona se os Nardoni querem novo interrogatório

O juiz Maurício Fossen estipulou um prazo de três dias para que os advogados do pai e da madrasta da menina Isabella informem se têm interesse que seus clientes sejam novamente ouvidos pela Justiça, agora que encerrada a colheita da prova testemunhal do caso.

O juiz Maurício Fossen estipulou um prazo de três dias para que os advogados do pai e da madrasta da menina Isabella informem se têm interesse que seus clientes sejam novamente ouvidos pela Justiça, agora que encerrada a colheita da prova testemunhal do caso. Na decisão, o magistrado explica que abriu essa possibilidade à defesa por conta de uma mudança no artigo 411 do Código de Processo Penal.

O novo texto, que passou a vigorar em 23 de agosto de 2008, permite a oitiva dos réus por último. "Têm surgido interpretações a respeito do tema que entendem que a realização dos interrogatórios dos réus ao final da instrução constituiria um direito material assegurado as estes pelo novo ordenamento jurídico. (…) Entende por bem este magistrado – a fim de evitar alegações futuras de nulidade que implicariam e tornar prejudicado todo o trabalho porventura já realizado – reconhecer tal direito aos réus", diz a decisão.

No entanto, Fossen lembra que a realização de novos interrogatórios atrasaria o processo. "Tal providência, com toda certeza, iria implicar em mais alguma demora na conclusão desta fase de instrução, ainda mais porque os réus já tiveram oportunidade de descrever, de forma bastante extensa e detalhada, suas versões a respeito dos fatos", afirma.

Crime

Isabella Nardoni foi encontrada ferida no dia 29 de março no jardim do prédio onde moram o pai e a madrasta, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, na zona norte de São Paulo. Segundo os Bombeiros, a menina chegou a ser socorrida e levada ao Pronto-Socorro da Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu por volta da 0h.

O inquérito policial apontou que ela foi agredida, asfixiada e jogada do sexto andar do edifício. No dia 18 de abril, Alexandre e Anna Carolina foram indiciados por homicídio doloso, triplamente qualificado. No dia 6 de maio, o promotor Francisco Cembranelli denunciou e pediu a prisão preventiva do casal, aceita pela Justiça.

A Justiça do Direito Online

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