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Alstom afirma que irá processar jornal americano “Wall Street Journal”

A Alstom, multinacional francesa do setor de energia e transporte, informou ontem que vai mover ação na Justiça contra o "Wall Street Journal". O diário vem publicando desde maio reportagens sobre a investigação de um suposto esquema de pagamento de propina a membros de governos de alguns países --entre eles o Brasil-- montado pela empresa para conseguir contratos.

A Alstom, multinacional francesa do setor de energia e transporte, informou ontem que vai mover ação na Justiça contra o “Wall Street Journal”.

O diário vem publicando desde maio reportagens sobre a investigação de um suposto esquema de pagamento de propina a membros de governos de alguns países –entre eles o Brasil– montado pela empresa para conseguir contratos.

“Estamos chocados com essas reportagens e, mesmo não sendo usual em nossas práticas, decidimos entrar com processo contra o jornal americano ‘Wall Street Journal’ por causa das reportagens infundadas, sem provas e confirmações das informações ali contidas”, disse o vice-presidente da Alstom no Brasil, Marcos Cardoso Costa.

“Espero que vocês da imprensa entendam essa nossa posição principalmente em defesa do nosso maior patrimônio, que são as nossas marcas, clientes e funcionários.”

Em reportagem publicada no sábado, o “Wall Street Journal” disse que investigações realizadas na França e na Suíça identificaram que a Alstom teria mantido seu esquema de pagamento de propina em funcionamento até pelo menos junho deste ano –ou seja, depois que o caso foi tornado público.

O jornal também relata a suspeita dos investigadores de que a empresa tenha gasto US$ 500 milhões com pagamento de propinas na Europa, Zâmbia, México e Brasil.

Aqui, a apuração se concentra numa licitação de US$ 45 milhões do Metrô de São Paulo vencida pela Alstom supostamente depois do repasse de US$ 6,8 milhões em propina a membros do governo do Estado, administrado pelo PSDB.

Por meio de sua assessoria, o “Wall Street Journal” disse que não iria comentar a ameaça de ação feita pela Alstom.

A Alstom também anunciou ontem, durante evento em sua fábrica de Taubaté (130 km de São Paulo), a assinatura de um contrato, no valor de R$ 1,3 bilhão, com o consórcio que vai construir a usina hidrelétrica de Santo Antônio, em Rondônia. A Alstom fornecerá parte dos equipamentos da usina, entre eles geradores e turbinas.

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