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Defensores Públicos do SE buscam apoio da OAB contra exoneração

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, recebeu ontem (15) a presidente da Associação dos Defensores Públicos do Estado de Sergipe (Adpese), Ana Paula Gomes, que pediu apoio da entidade ao caso de 24 defensores públicos sergipanos que estão na iminência de serem exonerados.

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, recebeu ontem (15) a presidente da Associação dos Defensores Públicos do Estado de Sergipe (Adpese), Ana Paula Gomes, que pediu o apoio da entidade ao caso de 24 defensores públicos sergipanos que, após prestarem mais de 20 anos de serviços e de terem fundado a Defensoria Pública no Estado, estão na iminência de serem exonerados. Na reunião, Ana Paula Gomes pediu a interveniência do presidente da OAB para o agendamento de uma audiência com o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza.

Segundo relatou a dirigente da Associação, os 24 defensores públicos ingressaram no serviço público do Estado antes da promulgação da Constituição de 1988 sem concurso público – uma vez que não existia, à época, a exigência de concurso para tal função. Com base na inexistência da realização do concurso, o procurador regional do Ministério Público Federal encaminhou requerimento ao procurador-geral da República solicitando o ajuizamento de Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) para ver declarado nulo o artigo da Constituição sergipana (nº 15) que permitiu, 20 anos atrás, o ingresso desses servidores públicos na carreira.

A presidente da Associação e representante dos 24 defensores públicos, que esteve acompanhada do presidente da Seccional da OAB sergipana, Henri Clay Andrade, solicitou ao presidente da OAB Nacional a intermediação para ser ouvida pelo procurador-geral da República. Entre os itens de defesa dos defensores, estão o fato de estarem atuando há mais de 20 como defensores, de terem sido eles os fundadores da Defensoria Pública no Estado (no ano de 1994), de que não existia à época concurso público para a carreira e deles terem feito, no ano de 1994, com base em uma lei complementar do Estado de Sergipe, a opção não por seguir como servidores do Estado, mas pelo prosseguimento na Defensoria Pública sergipana.

“Eles prestaram dedicação exclusiva à Defensoria pública por mais de 20 anos, tendo, inclusive, abdicado à advocacia privada – a Constituição Federal veda a prática da advocacia privada pelos defensores – e agora se vêm na iminência de serem exonerados. A situação desses 24 defensores, inclusive dos já aposentados, é muito difícil”, afirmou Ana Paula.

O presidente nacional da OAB remeteu o assunto à apreciação do presidente da Comissão Nacional de Advocacia Pública da entidade, Willian Guimarães Santos de Carvalho, que também esteve presente à reunião. Também participaram do encontro o ex-presidente nacional da OAB e membro honorário vitalício da entidade, Reginaldo Oscar de Castro, e a defensora pública sergipana Clara Eunice de Fonseca Messias. A Seccional da OAB de Sergipe vai examinar a questão e definir o seu posicionamento na próxima segunda-feira.

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