Terminou na manhã desta sexta-feira, o julgamento de Fabíula Bandeira dos Santos e Pedro Santana de Oliveira Júnior, acusados de homicídio qualificado e ocultação de cadáver praticados contra Maria Salete Bandeira dos Santos. Fabíula, filha da vítima, foi condenada à pena de 20 anos e 03 meses e ao pagamento de 20 dias multa sobre o salário mínimo vigente à época. Pedro, namorado da ré, recebeu a pena de 14 anos e 05 meses e pagamento de 20 dias multa.
Ambos terão que cumprir a pena inicialmente em regime fechado. Em razão de um habeas corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça, eles poderão recorrer em liberdade. Os jurados aceitaram a tese da acusação, quanto ao motivo torpe, uma vez que Fabiúla teria agido para obter vantagem econômica, pois pretendia apropriar-se de créditos e pensão que a vítima tinha a receber.
Foram condenados ainda pela prática cruel, mediante dissimulação e recurso que tornou impossível a defesa de Maria Salete, que, segundo os autos, encontrava-se dopada, não conseguindo, assim, esboçar reação de defesa enquanto era brutalmente apunhalada. Segundo os autos, no dia 30 de julho de 2004, no interior da residência localizada no Bairro Ingleses, na Capital, os dois deferiram inúmeros golpes de faca contra a Maria Salete, causando-lhe ferimentos que a levaram à morte.
No dia seguinte, à noite, com o objetivo de impedir a descoberta do crime, Fabíula, em companhia do Pedro, colocaram o corpo no porta-malas do veículo Deiwoo, de propriedade da própria vítima e o transportou até um local deserto situado na Rua das Gaivotas, bairro Ingleses, onde, após colocá-lo num buraco, ateou fogo ao mesmo, e em seguida enterrou-o, cobrindo com areia.
O Júri esteve sob a responsabilidade do juiz Luiz César Schweitzer. Na acusação, o promotor de Justiça Luiz Fernando Fernandes Pacheco, e na defesa, os advogados Francisco Emmanuel Campos Ferreira e Isaac Matos Pereira, de Fabíula Bandeira dos Santos e de Pedro Santana de Oliveira Júnior, respectivamente.
