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Justiça britânica rejeita recurso contra extradição de hacker para os EUA

O pirata da informática britânico Gary McKinnon, conhecido como "Solo", perdeu hoje um recurso na Justiça contra sua extradição para os Estados Unidos, onde o poder judiciário quer sua presença por ter acessado sem autorização os computadores do Governo americano. O tribunal da Câmara de Lordes, instância máxima da Justiça do Reino Unido, respaldou uma sentença anterior do Tribunal Superior, que em 2007 ordenou sua extradição.

O pirata da informática britânico Gary McKinnon, conhecido como “Solo”, perdeu hoje um recurso na Justiça contra sua extradição para os Estados Unidos, onde o poder judiciário quer sua presença por ter acessado sem autorização os computadores do Governo americano.

O tribunal da Câmara de Lordes, instância máxima da Justiça do Reino Unido, respaldou uma sentença anterior do Tribunal Superior, que em 2007 ordenou sua extradição.

McKinnon cumprirá uma longa pena de prisão se for condenado nos EUA, onde é acusado de acessar 97 computadores da Nasa (agência espacial americana), do Exército, da Marinha, do Departamento de Defesa e da Força Aérea entre fevereiro de 2001 e março de 2002, com o objetivo, segundo a acusação, de intimidar o Governo.

A Promotoria afirma que McKinnon alterou e apagou arquivos em uma instalação naval pouco depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, o que deixou os sistemas sem operação.

“Solo”, de 42 anos, admitiu ter invadido os computadores americanos em sua casa, em Londres, mas alega que não quis sabotá-los, só buscava dados sobre óvnis para acabar com uma suposta conspiração de ocultação de aparições.

O advogado de McKinnon disse hoje que recorrerá da decisão perante o Tribunal Europeu de Direitos Humanos.

Os advogados de McKinnon argumentam que não há necessidade de seu cliente ser julgado nos EUA, que isso pode ser feito no Reino Unido, onde foi detido em 2002 e até agora não foi acusado de nenhum crime.

“Gary McKinnon não é nem um terrorista nem um simpatizante do terrorismo”, declarou hoje seu advogado.

“Acreditamos que o Governo britânico não quis processá-lo para permitir que o Governo americano faça de seu caso um exemplo”, ressaltou.

“As conseqüências de ser extraditado são desproporcionais e intoleráveis”, acrescentou.

Em 2006, o Tribunal Superior de Londres rejeitou o recurso que McKinnon tinha apresentado depois que o então ministro do Interior britânico, John Reid, autorizou um ano antes sua extradição.

Segundo as autoridades dos EUA, a invasão de “Solo” teve custos de acompanhamento de correção dos problemas estimados em 548.660 euros. EFE

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