Humilde e tenaz. Tranqüilo, rigoroso e bem-humorado. Muitos são os adjetivos utilizados pelo escritor potiguar Diógenes da Cunha Lima para definir o também potiguar José Augusto Delgado, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em seu livro José – Uma Biografia de José Delgado. A biografia do ministro foi lançada dia 28, no Espaço Cultural do STJ.
Prestes a se aposentar, o ministro Delgado recebe a homenagem de um amigo de infância, que dá testemunho de uma pessoa que representa fidelidade, constância, afeto dos familiares. “José Augusto Delgado tem, mais que ciência, a constância do direito. Exerce cidadania exemplar, como cultor e ensinante. Transporta a cidadania através de suas funções de magistrado, professor, conferencista, jurista múltiplo, doutrinador”, assinala.
Amigos há mais de 40 anos, Cunha Lima, em seu livro, fala da vida e traça um perfil do ministro José Delgado, a quem considera um vitorioso. “Penso que o seu sentido de organização, singular disciplina, aliado à inteligência, cultura e inventividade transformaram-no em vitorioso. José é homem cheio de passado a ser visto e revisto”, afirma.
Para o jornalista Sanderson Negreiros, que assina a orelha do livro e também estudou com o ministro Delgado, ele era um exemplo para todos seus companheiros de jornada. “Era o primeiro dos alunos nas notas que o distinguiam como exemplar. Era o mais estudioso do nosso grupo, o mais compenetrado, o mais obediente às leis da cordialidade”, diz.
Natural de São José de Campestre (RN), o ministro Delgado é juiz de carreira, tendo começado na magistratura em 1965, na comarca de São Paulo do Potengi, em seu estado natal. Em 1976, ingressou na Justiça Federal após passar em primeiro lugar no respectivo concurso. Chegou ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região, sediado em Recife (PE), em 1985, tribunal que presidiu e do qual saiu para integrar o STJ. Compõe o Pleno, a Corte Especial, a Primeira Seção e a Primeira Turma do Tribunal.
Além disso, o ministro integra a Academia Brasileira de Letras Jurídicas, situada no Rio de Janeiro, a Academia Brasileira de Direito Tributário, situada em São Paulo, e a Academia Norte-rio-grandense de Letras.
