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Caso Isabella: Inquérito é parcial, alega defesa

Os advogados de defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella, entrarão, hoje, com representação na Corregedoria da Polícia Civil contra possíveis irregularidades na condução do inquérito que investiga a morte da menina, arremessada do sexto andar do apartamento do casal, na zona norte de São Paulo, no dia 29 de março.

Os advogados de defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella, entrarão, hoje, com representação na Corregedoria da Polícia Civil contra possíveis irregularidades na condução do inquérito que investiga a morte da menina, arremessada do sexto andar do apartamento do casal, na zona norte de São Paulo, no dia 29 de março. Para a defesa, a investigação é tendenciosa e parcial.

O casal afirma que Isabella foi jogada da janela por uma terceira pessoa – um assaltante ou desafeto –, que entrou no imóvel sem ser vista. A tese é a mesma defendida por seus advogados Marco Polo Levorin, Rogério Neres de Souza e Ricardo Martins. Na sexta-feira passada, Nardoni e Anna Jatobá foram indiciados por homicídio doloso com três agravantes: motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. Antes de ser jogada pela janela, Isabella foi asfixiada.

Fora do inquérito

Para Martins, o inquérito está repleto de irregularidades. Entre os quais, a defesa do casal destaca o fato de, durante os depoimentos ocorridos na última sexta-feira, ter sido feita a menção do laudo sobre a morte da garota. No entanto, diz Martins, o documento, ainda não foi concluído e não integra o inquérito.

– Não poderia, de forma alguma, ser feita a menção de um laudo que a defesa sequer chegou a ter contato, muito menos a autoridade policial, porque não consta no inquérito. E, se não consta, é um laudo inexistente – argumenta.

Outro ponto apontado por Martins é o fato de haver duas testemunhas, que estão preservadas e protegidas, que afirmam ter visto Cristiane Nardoni, irmã de Alexandre, em um bar na noite em que ocorreu o crime. Mas, segundo o advogado, há uma terceira testemunha que teria dito que viu a tia de Isabella em outro bar.

– Existe um contrasenso. Outra testemunha afirma tê-la visto em um outro estabelecimento. Então a gente não sabe exatamente o que está acontecendo, qual a versão é realmente correta. Vamos levar isso à Corregedoria – anunciou Martins, para quem a Polícia só ouviu até agora duas das 22 testemunhas arroladas pela defesa.

Vulnerabilidade

Para o advogado, a Corregedoria tem de investigar o fato de um pedreiro que trabalhava em uma obra aos fundos do edifício London relatar que o portão da casa em construção ter sido arrombado na noite do crime. O sobrado fica nos fundos do prédio, e do telhado da churrasqueira seria possível acessar a obra.

– Ele (pedreiro) deu depoimento a um jornalista dizendo que o local havia sido arrombado, que apesar de não terem levado nada, alguém entrou lá. Foi feita inclusive uma foto da pegada do teto da churrasqueira. Mas quando ele vai à delegacia prestar seu depoimento, ele muda totalmente sua versão. Nada mais viu, nada mais sabe. Isso é no mínimo estranho – alega o advogado.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria da Segurança Pública informou que se manifestará somente após a Corregedoria receber oficialmente a representação.



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