seu conteúdo no nosso portal

Nossas redes sociais

Câmara dos Deputados vai gastar R$ 100 milhões na reforma de apartamentos

Após 30 anos de desleixo, sem qualquer reforma estrutural que compensasse o desgaste provocado pelo tempo e pelo uso, o que restou dos apartamentos funcionais da Câmara dos Deputados pode ser conferido na SQN 302. Ficou só a carcaça. Os blocos em reforma lembram os prédios bombardeados em Beirute. Cada apartamento, com 225m² e hoje avaliado em R$ 700 mil, vai consumir pelo menos R$ 307 mil. A primeira etapa da reforma, totalizando 96 unidades em quatro edifícios, vai ficar em R$ 29,5 milhões. Mas será necessário um investimento de R$ 110 milhões para recuperar 360 apartamentos em 15 blocos.

Após 30 anos de desleixo, sem qualquer reforma estrutural que compensasse o desgaste provocado pelo tempo e pelo uso, o que restou dos apartamentos funcionais da Câmara dos Deputados pode ser conferido na SQN 302. Ficou só a carcaça. Os blocos em reforma lembram os prédios bombardeados em Beirute. Cada apartamento, com 225m² e hoje avaliado em R$ 700 mil, vai consumir pelo menos R$ 307 mil. A primeira etapa da reforma, totalizando 96 unidades em quatro edifícios, vai ficar em R$ 29,5 milhões. Mas será necessário um investimento de R$ 110 milhões para recuperar 360 apartamentos em 15 blocos.

O diretor do Departamento de Habitação da Câmara, Carlos Henrique Laranjeiras, define assim o que restou de cada prédio: “Lá não tem nada aproveitável. Só vai ficar a estrutura de concreto e a alvenaria interna”. Serão refeitos os pisos, esquadrias, encanamentos, fiação elétrica, elevadores, caixas d’agua, telhados e todo o acabamento, como louças, luminárias, bancadas, armários, espelhos. Os canos de ferro estavam entupidos com os materiais que se agregaram à ferrugem.

Embora as obras já tenham sido iniciadas, o deputado Augusto Carvalho (PPS-DF) encaminhou ofício ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), propondo a suspensão das reformas e a venda dos imóveis no estado atual. Ele argumenta que a Casa poderá gastar milhões de reais em obras e conseguir uma adesão apenas irrisória aos imóveis funcionais. Tanto que a taxa de ocupação é baixíssima. Carvalho lembra que os parlamentares não são obrigados a abrir mão do auxílio-moradia: “Quem garante que o parlamentar preferirá morar em apartamentos funcionais? Na maioria das vezes, ele fica em Brasília não mais que três dias”.

Estudo feito pelo gabinete do deputado aponta que a reforma agregaria cerca de R$ 200 mil ao valor atual, além dos R$ 307 mil gastos na obra. Nesse caso, o valor de mercado passaria para algo em torno de R$ 1,2 milhão. Se não houver adesão dos parlamentares, as conseqüências “serão desastrosas”, afirma Carvalho: “Mesmo que se opte por vender os apartamentos, o público alvo seria bastante reduzido, dado o alto valor de venda, correndo-se o risco de encalhar boa parte dos imóveis. Seria recomendável, antes de se tomar uma decisão dessas, a realização de uma pesquisa junto a todos os deputados”.

Compartihe

OUTRAS NOTÍCIAS

Justiça afasta Tabela Price e capitalização mensal de juros em contrato de imóvel com construtora
Justiça absolve empresário de crime tributário por ausência de dolo
Pendência de trânsito em julgado impede detração de pena, decide TJ-SP