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Juiz manda prender sem-terra que fecharam vias em MS

Campo Grande - O juiz federal Dalton Igor Kita Conrado determinou hoje prisão para os sem-terra responsáveis por novos bloqueios em três rodovias federais de Mato Grosso do Sul, e multa de R$ 10 mil por dia de desobediência para os movimentos que representam os infratores. No mesmo dia, quatro oficiais da Justiça Federal, escoltados por 36 agentes da Polícia Federal e patrulheiros rodoviários federais, notificaram quase 300 famílias que estão acampadas às margens da BR-163, dentro do município de Campo Grande. Amanhã serão entregues mais notificações a outros blocos de acampados.

Campo Grande – O juiz federal Dalton Igor Kita Conrado determinou hoje prisão para os sem-terra responsáveis por novos bloqueios em três rodovias federais de Mato Grosso do Sul, e multa de R$ 10 mil por dia de desobediência para os movimentos que representam os infratores. No mesmo dia, quatro oficiais da Justiça Federal, escoltados por 36 agentes da Polícia Federal e patrulheiros rodoviários federais, notificaram quase 300 famílias que estão acampadas às margens da BR-163, dentro do município de Campo Grande. Amanhã serão entregues mais notificações a outros blocos de acampados.

Os líderes dos sem-terra acampados na BR-163 tomaram conhecimento de que a decisão do magistrado é específica para trechos diferenciados da rodovia, e bloquearam a estrada no quilômetro 311, em Rio Brilhante, a 150 quilômetros de Campo Grande, região que está fora de exigência judicial. O bloqueio durou cerca de uma hora, segundo a Polícia Rodoviária Federal. O congestionamento chegou a 5 quilômetros nas duas pistas.

Logo depois da liberação no quilômetro 311, a mesma estrada foi bloqueada em Naviraí, a 350 quilômetros de Campo Grande, no extremo sul do Estado. No despacho judicial, as determinações são válidas apenas para o quilômetro 419 da BR-163, próximo ao Distrito de Anhanduí em Campo Grande; para o quilômetro 310 da BR-262, também em Campo Grande e para o quilômetro 504 da BR-267 na região de Maracaju, a 170 quilômetros da capital sul-matogrossense.

Dirigentes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri), Coordenadoria Rural da Central Única de Trabalhadores (Cut-Rural) e Federação da Agricultura Familiar (FAF) afirmaram hoje que continuarão com as manifestações, até que o senador Valter Pereira de Oliveira (PMDB) desista da indicação do professor universitário Flodoaldo Alves para substituir o atual superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Luiz Carlos Bonelli.

Substituição

O coordenador do MST Márcio Bissoli disse que as famílias notificadas pela Justiça Federal sofreram grande constrangimento. “Mas vai ficar muito caro se o superintendente atual do Incra for substituído”, ressaltou. Geraldo Teixeira de Almeida, presidente da Fetagri, afirmou que “a teimosia do senador Valter Pereira, em querer o cargo para o seu protegido, é a única culpada dessa situação”.

O senador Valter Pereira se mantém firme na justificativa a respeito da indicação de Flodoaldo, reafirmando que Luiz Carlos Bonelli implantou favelas rurais nos assentamentos. Ele disse que “existem interesses inconfessáveis no Incra, que mantêm Bonelli no Cargo”. Para o governador do Estado, André Puccinelli (PMDB), Bonelli deve permanecer no cargo, visando evitar novos tumultos como os que estão acontecendo desde sexta-feira da semana passada, quando os bloqueios de rodovias começaram. (João Naves de Oliveira)

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