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Caso Jean Charles: Comissão isenta policiais

A Comissão Independente de Queixas contra a Polícia (IPCC, na sigla em inglês) anunciou nesta sexta-feira que nenhum dos 15 oficiais da Polícia de Londres, envolvidos na morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, sofrerá punições disciplinares.

A Comissão Independente de Queixas contra a Polícia (IPCC, na sigla em inglês) anunciou nesta sexta-feira que nenhum dos 15 oficiais da Polícia de Londres, envolvidos na morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, sofrerá punições disciplinares.

A decisão conclui as análises disciplinares do IPCC sobre os oficiais envolvidos na operação que resultou na morte do brasileiro.

Em maio, o IPCC já havia anunciado que 11 dos 15 oficiais envolvidos na operação não sofreriam ações disciplinares. O órgão havia mantido a possibilidade de punição (mas não de indiciamento) dos outros quatro, mas aguardou a conclusão do julgamento da polícia por violação das leis de saúde e segurança para anunciar a decisão.

Entre os quatro oficiais liberados pela decisão desta sexta-feira está a comandante da operação, Cressida Dick. Os outros oficiais são identificados como Silver, Trojan 84 e Trojan 80.

Inquérito do legista

A prima de Jean Charles, Vivian Figueiredo, disse que lamentar a decisão “prematura” do IPCC. Vivian acredita que o IPCC deveria ter esperado “o resultado do inquérito que poderia revelar evidências vitais sobre a ação desses policiais”.

Trata-se do inquérito sobre as circunstâncias da morte de Jean Charles que vem sendo realizado pelo legista do caso. Na Grã-Bretanha, legistas são responsáveis por abrir processo e solicitar júri popular quando autoridades públicas estão envolvidas em mortes violentas.

Alex Pereira, primo de Jean, afirmou à BBC Brasil que a família está preocupada com a decisão do IPCC. “O IPCC está analisando apenas a operação em si, e não o que aconteceu depois da morte do Jean, toda a mentira sobre o caso. Limpar os oficiais de qualquer responsabilidade é o pior erro porque eles demonstraram irresponsabilidade e incompetência”, disse.

Para ele, a decisão também foi anunciada no momento errado. “A nossa advogada já tinha pedido para a decisão não sair na época do Natal, porque é muito ruim para nossa família”, disse Pereira.

Responsabilidade

Em novembro, a Polícia Metropolitana de Londres foi considerada culpada por colocar a segurança pública em risco no caso da morte do brasileiro.

A polícia foi condenada a pagar multa de 175 mil libras (cerca de R$ 634 mil) e mais 385 mil libras (cerca de R$ 1,394 milhão) pelos custos do processo.

Na semana passada, o IPCC anunciou que o ex-chefe da unidade de combate ao terrorismo da Polícia de Londres, Andy Hayman, receberá “aconselhamento” sobre a sua conduta. Segundo o IPCC, Hayman havia “enganado” o público.

Ele é o único policial, até o momento, a ter o nome apontado formalmente por irregularidades no caso.

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