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Em tribunal, Saddam diz que Estados Unidos mentem

O ex-ditador iraquiano Saddam Hussein, que enfrenta nesta quinta-feira a sétima audiência de seu julgamento em Bagdá, disse que os EUA mentem quando afirmam que ele não foi torturado por guardas americanos, assim como mentiram sobre as armas químicas do Iraque.

O ex-ditador iraquiano Saddam Hussein, que enfrenta nesta quinta-feira a sétima audiência de seu julgamento em Bagdá, disse que os EUA mentem quando afirmam que ele não foi torturado por guardas americanos, assim como mentiram sobre as armas químicas do Iraque.

“Na Casa Branca todos são mentirosos”, disse Saddam, ao se referir ao governo dos EUA, que negou a possibilidade do ex-presidente ter sido vítima de tortura por parte dos guardas americanos.

Ontem Saddam (1979-2003)acusou os EUA de “tortura e espancamento”, enquanto esteve detido sob custódia americana. Fui torturado e agredido pelos americanos, em várias partes de meu corpo. As marcas ainda estão aqui”, afirmou .

O porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, afirmou ontem que as denúncias eram “uma das coisas mais ridículas que ouviu vindas de Saddam nos últimos tempos”.

O ex-ditador (1979-2003) e seus sete colaboradores são acusados, entre outros crimes, pelo massacre de 143 xiitas na cidade de Dujail, no ano de 1982. Segundo os promotores, Saddam teria ordenado as execuções após uma suposta tentativa de assassinato contra ele. A pena máxima prevista é o enforcamento.

O massacre de Dujail não é o único crime atribuído ao regime do ex-ditador, mas é o primeiro caso que se conseguiu levar ao tribunal iraquiano, segundo autoridades iraquianas.

Processo

Saddam boicotou a audiência ocorrida em 7 de dezembro, alegando que o processo era “injusto”. O julgamento foi retomado ontem.

O julgamento de Saddam começou oficialmente em 19 de outubro passado. Nesse dia, o juiz que preside a audiência, Rizgar Mohammed Amin, suspendeu o processo devido à resistência das testemunhas em depor.

O ex-ditador voltou a ser julgado em 28 de novembro último –40 dias depois– mas novamente houve uma suspensão para que a equipe de defesa substituísse três advogados: dois que foram assassinados, e um que fugiu.

No último dia 5, novamente o Tribunal Especial Iraquiano se reuniu para julgar Saddam. As primeiras testemunhas –incluindo uma mulher– prestaram seu depoimentos e revelaram os horrores supostamente cometidos por Saddam contra os moradores de Dujail. Os testemunhos enfureceram o ex-ditador, que chegou a mandar o juiz para o “inferno”. Na última audiência, no dia 7 passado, Saddam boicotou o julgamento e não compareceu ao tribunal, alegando maus-tratos e dizendo ter sido impedido de tomar banho, usar roupas limpas e caminhas no pátio da prisão.

O juiz acabou por decidir realizar o julgamento sem a presença de Saddam, mas o processo foi novamente adiado.

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