Saddam Hussein protesta na sala de audiências
Os advogados de defesa de Saddam Hussein retiraram-se, esta segunda-feira, da sala de tribunal em Bagdad onde decorria o julgamento do ex-ditador e dos seus colaboradores, contestando a legitimidade do processo.
A acção de protesto ocorreu depois de o juiz ter recusado ouvir as queixas dos advogados sobre a ilegitimidade dos procedimentos e falta de segurança para os defensores legais.
O ex-ministro norte-americano da Justiça, Ramsey Clark, anunciou na mesma sessão que também ele e a sua equipa se iriam retirar da sala de audiências, depois de ter pedido ao juiz alguns minutos para expor a sua situação.
O juiz pediu à defesa de Saddam Hussein para apresentar as suas queixas por escrito.
Os advogados dos ex-presidente iraquiano afirmam não se sentirem seguros ou suficientemente protegidos pelas autoridades locais e garantem estar sob ameaça depois de um deles ter sido morto a tiro por um grupo de homens e outro ter sofrido ferimentos no mesmo ataque.
Saddam Hussein queixou-se novamente perante os juizes de que o julgamento decorre enquanto permanecem no país tropas estrangeiras e insistiu que será ilegal continuar o processo sem a presença dos seus advogados.
Depois da saída dos advogados, os juizes nomearam um grupo de advogados iraquianos para defender Saddam Hussein e sete dos seus colaboradores.