Estudante da Universidade de Brasília consegue na Justiça o direito de ser reintegrada ao curso de engenharia florestal. A decisão é do TRF de Brasília. A estudante havia entrado com mandado de segurança na Justiça Federal do DF, pedindo sua reintegração No curso de engenharia florestal da UnB, mas não obteve êxito. A justiça de primeira instância não concedeu o pedido, por entender que a aluna não conseguiria concluir o número de créditos dentro do prazo estabelecido pela instituição como o máximo permitido. Inconformada, ela resolveu recorrer da decisão no TRF de Brasília.
Ao recorrer, a aluna explicou que, ao contrário daquilo em que a decisão de primeira instância havia se fundamentado, ela teria, sim, interesse em concluir os estudos. Alegou que as reprovações ocorridas no segundo semestre de 2000 foram causadas por problemas pessoais, que a obrigaram a perder muitas aulas. Argumentou ainda que possuía prazo suficiente para concluir o curso dentro do tempo máximo permitido pela Universidade, obedecendo ao limite possível de créditos em cada semestre.
Ao analisar o caso, a 6ª Turma de desembargadores concedeu o pedido à estudante. Os magistrados entenderam que não é possível presumir que, diante do pouco sucesso em semestres anteriores, ela não fosse melhorar o rendimento nos cinco semestres seguintes. Ressaltaram ainda, o fato de ela ter comprovado que se desligou do trabalho para se dedicar em tempo integral aos estudos. A Desembargadora Federal, relatora do processo, Maria Isabel Gallotti, concluiu esclarecendo que o desligamento da estudante é ilegal. Assim, a aluna terá que ser reintegrada ao curso de engenharia florestal da UnB, sem ser prejudicada por causa do período que esteve ilegalmente excluída da Universidade.
