A Justiça de Vila Velha iniciou, por volta das 14h30, o julgamento de Fernandes de Oliveira Reis, o Fernando Cabeção, mais um acusado de intermediar a morte do juiz Alexandre Martins. Ainda no início da tarde o réu foi interrogado. A previsão inicial era de que os trabalhos começassem ao meio dia. Cabeção chegou ao Fórum por volta de 12h30, escoltado por policiais do Batalhão de Missões Especiais (BME).
Fernando de Oliveira Reis também é acusado de liderar uma organização criminosa que atua na região da Grande Guaranhuns, em Vila Velha. Um dos executores do magistrado – Odessi Martins da Silva Júnior, o Lumbrigão – faria parte dessa quadrilha e teria sido contratado para matar o juiz Alexandre.
Uma testemunha, ouvida durante o sumário de acusação dos réus, afirmou ter conhecimento de que a morte do juiz Alexandre foi tramada em conversas no bairro Jardim Guaranhuns. A defesa dos réus afirma, no entanto, que teste de polígrafo apontou que a testemunha estaria mentindo ao fazer essas afirmações.
O Ministério Público pretende apresentar aos jurados trechos de gravações feitas no telefone celular supostamente utilizado por Fernando Cabeção dentro do presídio. A escuta foi autorizada pela Justiça. Cabeção está no Presídio de Segurança Máxima de Viana. Com outros três detentos, ele teria tentado comprar uma fuga, no último final de semana. A trama foi descoberta pelo Ministério Público, e dois PMs que fariam parte do esquema foram presos.
