O Ministério Público do Trabalho de Alagoas localizou 143 pessoas, entre elas sete adolescentes e uma mulher grávida, submetidas a condições degradantes de trabalho. Eles cortavam cana em uma fazenda a 50 km de Maceió sem equipamentos de proteção e sem acesso a água potável.
Segundo a Procuradoria do Trabalho, os trabalhadores recebiam cerca de R$ 180 mensais, pagos de acordo com a produtividade, sem direito a benefícios como salário mínimo, férias e pagamento de horas extras.
Foi constatado também pela procuradoria que a medição da produtividade era fraudada, em prejuízo dos trabalhadores.
O Ministério Público do Trabalho identificou ainda um trabalhador responsável por arregimentar mão-de-obra para trabalhar no corte de cana em usinas troca de uma parte da produção.
“Os empreiteiros são pessoas pobres que exploram pessoas mais pobres ainda, camuflando assim a relação de emprego entre a usina e o trabalhador”, disse Antônio Lima, procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho.
Desde o início do ano, 435 pessoas submetidas a condições degradantes de trabalha foram localizadas no Estado.