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Justiça determina nova prisão de acusado de mortes em Unaí

O prefeito eleito em Unaí (MG), Antério Mânica (PSDB), acusado pelas mortes de funcionários do Ministério do Trabalho, em janeiro, foi preso hoje, após determinação da Justiça Federal de Belo Horizonte. Mânica já havia sido preso em setembro, mas conseguiu um habeas corpus no TRF (Tribunal Regional Federal).

O prefeito eleito em Unaí (MG), Antério Mânica (PSDB), acusado pelas mortes de funcionários do Ministério do Trabalho, em janeiro, foi preso hoje, após determinação da Justiça Federal de Belo Horizonte. Mânica já havia sido preso em setembro, mas conseguiu um habeas corpus no TRF (Tribunal Regional Federal).

Segundo a Justiça Federal, Mânica foi levado à sede da Polícia Federal, em Brasília.

A Justiça afirma, ainda, que o réu será submetido a júri popular, o que justifica o novo pedido de prisão. A defesa do acusado pode pedir um novo habeas corpus.

Outros três acusados pelas mortes dos quatro funcionários do Ministério do Trabalho e Emprego devem permanecer presos, de acordo com o Ministério Público Federal.

O procurador regional da República, Carlos Vilhena, analisou nesta sexta-feira o pedido de habeas corpus dos três acusados –Norberto Mânica, Hugo Alves Pimenta e José Alberto de Castro.

Este é o terceiro pedido de liberdade feito pelos advogados em favor de Norberto Mânica e o segundo em favor de Pimenta e Castro. Embora os advogados sejam diferentes, a tese sustentada por eles é a mesma: que a decisão do tribunal, que negou pedido anterior de liberdade, baseou-se unicamente na conveniência da instrução criminal, argumento esse que não mais seria válido, uma vez que as testemunhas de acusação já prestaram os depoimentos, restando ouvir apenas as testemunhas de defesa.

Em seu parecer, o procurador regional da República apresenta vários argumentos para que os pedidos de habeas corpus sejam novamente negados. Vilhena ressalta que as decisões do tribunal em manter as prisões preventivas não se fundamentaram apenas na conveniência da instrução criminal, mas também na garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal.

Os três habeas corpus, com parecer contrário ao Ministério Público Federal, devem ser julgados ainda hoje pela Quarta Turma do TRF.

Crime

No dia 28 de janeiro, uma operação de fiscalização em fazendas de feijão na região noroeste de Minas Gerais culminou no assassinato do auditores Nelson José da Silva, Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e o motorista Aílton Pereira de Oliveira. Eles foram surpreendidos em uma emboscada na estrada próxima a Unaí (604 km de Belo Horizonte).

O objetivo dos fiscais era vistoriar as condições de trabalho, remuneração e acomodação das pessoas arregimentadas para colherem a safra de feijão na região, que acontece de 15 de janeiro até o final de fevereiro. Os auditores também iriam averiguar as condições das instalações das fazendas.

O crime, segundo a polícia, ocorreu em um trevo conhecido como Sete Placas, numa rodovia vicinal da MG-188, que dá acesso aos municípios de Unaí, Paracatu e Bonfinópolis de Minas.

A caminhonete Ford Ranger, oficial da DRT (Delegacia Regional do Trabalho) de Paracatu, foi abordada no trevo, por volta das 8h, por dois veículos: uma outra Ranger, preta, e uma picape Fiat Strada cinza, no relato do motorista do grupo, Aílton Pereira de Oliveira, 52, que, mesmo ferido na cabeça, dirigiu quatro quilômetros até encontrar um fazendeiro da região, que o socorreu.

Oliveira, que acabou morrendo no Hospital de Base, em Brasília (DF), para onde foi levado, informou à polícia que conseguiu ver dois homens fazendo os disparos de dentro da Ford Ranger.

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