Após ver seu pedido de prisão ser negado pela Justiça, o ex-prefeito Paulo Maluf (PP) convocou ontem advogados cíveis e criminalistas para analisar o cenário jurídico e traçar a estratégia de defesa que será adotada diante da juíza Sílvia Maria Rocha, da 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo.
Na próxima segunda-feira será a primeira vez que o ex-prefeito falará sobre contas no exterior em juízo. A orientação de seus advogados é que fale e responda às perguntas. O processo é sigiloso.
Apesar de configurar como réu em ação penal sob acusação de crime de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisas, o interrogatório será só pelo último crime, pois o Ministério Público Federal, temendo a prescrição (prazo para que um caso possa ser investigado) do crime, antecipou parte da denúncia.
Ontem, após regressar de viagem a Miami (EUA), Flávio (filho de Maluf) e a mulher Jacquelline entregaram seus passaportes à Justiça. Segundo decisão judicial, eles estão proibidos de sair do país. Maluf já havia encaminhado seu passaporte à Justiça.
“Confio na Justiça e, no momento correto, provarei minha inocência e de minha mulher”, disse Flávio, em nota. Segundo a investigação, os Maluf teriam movimentado cerca de US$ 446 milhões na Suíça de forma não declarada no Brasil. Eles negam.
