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Corinthians aprova parceria com MSI, mas oposição vai à Justiça

Em meio a muita confusão, o Corinthians aprovou na noite desta terça-feira a parceria com duração prevista de dez anos com a MSI (Media Sports Investments), grupo de investimentos liderado pelo iraniano Kia Joorabchian.

Em meio a muita confusão, o Corinthians aprovou na noite desta terça-feira a parceria com duração prevista de dez anos com a MSI (Media Sports Investments), grupo de investimentos liderado pelo iraniano Kia Joorabchian.

Apesar disso, um erro do presidente do Conselho Deliberativo, José de Castro Bigi, deu força à oposição para tentar ações na Justiça contra a validade da reunião que decidiu pela aprovação.

Bigi encerrou o encontro no momento em que os conselheiros escolheriam o sistema de votação a ser adotado, nominal ou não, sem que o contrato fosse de fato votado. Após a falha, os opositores deixaram o local e foi anunciado, pelo próprio presidente do clube, Alberto Dualib, que a parceria estava aprovada.

“Ele [Bigi] se atrapalhou, mas, em seguida, se corrigiu. Tinha muita gente gritando, por isso ele se confundiu. Depois ele colocou em votação [a parceira]: ‘aqueles que são favoráveis, permaneçam em suas posições’. Aprovado, acabou”, disse Dualib, que foi chamado de ladrão por integrantes da torcida organizada Gaviões da Fiel, que invadiram o local a socos e pontapés –seis pessoas acabaram presas.

O delegado e deputado estadual Romeu Tuma Jr.(PPS), um dos principais opositores da parceria, afirmou que a votação não aconteceu. “Estávamos decidindo como seria feita a votação e, de repente, eles anunciam que já estava tudo aprovado. Podem dizer isso, mas ficou claro como a coisa foi feita, e isso vai ser desfeito na Justiça.”

“Nós vamos buscar todas as instâncias cabíveis, dentro da esfera judicial, para evitar que o Corinthians seja vendido”, disse Tuma Jr., em entrevista à rádio Jovem Pan.

Antes da confusa votação no Conselho Deliberativo, o novo texto do contrato já havia sido aprovado pelo Cori, grupo que tem a função de orientar o Conselho, com 13 votos a favor, cinco contra e uma abstenção.

Na primeira reunião para discutir a parceira, no último dia 5, foram exigidas quatro modificações no contrato para somente então colocá-lo novamente em votação.

Pelo contrato, a MSI deverá entregar ao clube imediatamente US$ 35 milhões, que deverão ser divididos em US$ 20 milhões para o pagamento de dividas e US$ 15 para contratações –segundo Joorabchian, existem grandes chances de o argentino Carlos Tévez, do Boca Junior, chegar ao Parque São Jorge.

Porém pelos próximos dez anos de contrato, além deste dinheiro, o fundo de investimentos só é obrigado a ceder mais R$ 7,2 milhões, divididos em 12 parcelas, que serão destinados à área social do Corinthians.

Além disso, a empresa também fica responsável pelos gastos com a manutenção do departamento de futebol e, segundo o acordo, terá que manter um time de “alto nível”.

Com a parceria, será crida a Corinthians-MSI, que gerenciará o negócio. De todo o lucro, 51% ficará com a MSI, e 49% será do Corinthians. Em caso de negociação de jogadores contratados pelo fundo, a empresa de Joorabchian ficará com 80% do valor arrecadado, e o clube com 20%. Se o jogador já era do Corinthians, as proporções se invertem.

Em caso de rescisão unilateral, só há multa para o clube a empresa não paga nada se quiser abdicar do negócio, exceto os salários dos jogadores que permanecerem no time.

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