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Associação de Jornais reage a censura pedida por advogado

A decisão do juiz João Luiz Fischer Dias, da 9 Vara Cível, de proibir a “Folha de S.Paulo” de divulgar parte do conteúdo de uma denúncia do Ministério Público contra o advogado Erick José Travassos Vidigal provocou reação da Associação Nacional de Jornais (ANJ). Em nota divulgada na noite de anteontem, a ANJ condenou a ordem do juiz, classificada pela entidade de censura prévia. Ainda na terça-feira, Fischer reviu seu despacho e autorizou o jornal a divulgar as informações sobre Erick Vidigal — filho do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Edson Vidigal.

A decisão do juiz João Luiz Fischer Dias, da 9 Vara Cível, de proibir a “Folha de S.Paulo” de divulgar parte do conteúdo de uma denúncia do Ministério Público contra o advogado Erick José Travassos Vidigal provocou reação da Associação Nacional de Jornais (ANJ). Em nota divulgada na noite de anteontem, a ANJ condenou a ordem do juiz, classificada pela entidade de censura prévia. Ainda na terça-feira, Fischer reviu seu despacho e autorizou o jornal a divulgar as informações sobre Erick Vidigal — filho do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Edson Vidigal.

O advogado é acusado de envolvimento num esquema de venda de decisões judiciais favoráveis ao ex-policial civil João Arcanjo Ribeiro, suposto chefe do crime organizado no Mato Grosso. “A ANJ vem a público manifestar sua preocupação com a censura prévia imposta pelo juiz João Luiz Fischer Dias, da 9 Vara Cível da Circunscrição Judiciária de Brasília”, diz o texto assinado pelo presidente em exercício da entidade, Jaime Câmara Júnior.

Câmara sustenta que a ANJ respeita as decisões do Judiciário, mas considera que a liminar contra a publicação da notícia sobre Erick Vidigal “constituiu cerceamento à liberdade de imprensa e viola a Constituição”. Mas, antes mesmo da distribuição da nota, o juiz liberou a publicação da reportagem relacionada a Erick Travassos a pedido dos advogados da “Folha”.

Vidigal reafirma que é contra censura prévia

Edson Vidigal se queixou ontem que seu nome esteja sendo vinculado à denúncia contra o filho. Ele disse que não conhece o conteúdo da acusação e não pode responder por supostos atos do filho. Vidigal reafirmou que é contra qualquer tipo de censura prévia.

— Ele (Erick) é maior de idade e está no gozo dos seus direitos civis, não vive às minhas expensas — disse o ministro.

O advogado foi acusado pelos procuradores da República no Mato Grosso José Pedro Taques e Mário Lúcio de Avelar de participar de esquema para tentar comprar decisões do ministro Edson Vidigal em favor do grupo de Arcanjo. O ex-policial, dono da maior fortuna de Mato Grosso, está preso no Uruguai e deve ser extraditado para o Brasil.

Também foram denunciados os advogados Eduardo de Vilhena Toledo, Avelino Tavares Júnior e Jaison Osvaldo Della Giustina. Vilhena é filho do ex-ministro do STJ Francisco de Assis Toledo.

A denúncia foi feita a partir de gravações de conversas de outros advogados de Arcanjo, gravados com autorização judicial, em que são mencionadas negociações que estariam sendo feitas com Erick Vidigal.

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