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Justiça condena 21 pessoas por tráfico no Amazonas

MANAUS. A Polícia Federal prendeu ontem em Manaus 14 policiais civis, entre eles dois delegados, por envolvimento com uma quadrilha internacional de tráfico de drogas. Sete traficantes também foram presos. Todos os 21 réus foram condenados a penas que variam de dois anos e oito meses a 27 anos pelo juiz da 4 Vara da Justiça Federal, Klaus Küschele. Antes que pudessem fugir, foram presos pela PF na Operação Águia 2.

MANAUS. A Polícia Federal prendeu ontem em Manaus 14 policiais civis, entre eles dois delegados, por envolvimento com uma quadrilha internacional de tráfico de drogas. Sete traficantes também foram presos. Todos os 21 réus foram condenados a penas que variam de dois anos e oito meses a 27 anos pelo juiz da 4 Vara da Justiça Federal, Klaus Küschele. Antes que pudessem fugir, foram presos pela PF na Operação Águia 2.

Os policiais tinham sido acusados de envolvimento com uma quadrilha internacional de tráfico de drogas na Operação Águia 1, realizada em julho do ano passado. Entre os condenados estão os delegados José Cavalcante Filho, o He-Man, cuja pena é de 27 anos e seis meses; e Raimundo Amazonas, condenado a 22 anos e seis meses. Os dois foram titulares de diversas delegacias importantes de Manaus e de cidades do interior.

Quando foram presos em 2003, Cavalcante Filho comandava a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos e Amazonas era o titular da Delegacia de Homicídios e Seqüestros.

Operação Águia prendeu em 2003 mais de 30 pessoas

A Operação Águia foi deflagrada pela Polícia Federal em 3 de julho de 2003 e prendeu na época mais de 30 policiais civis, militares, traficantes e empresários, que tiveram o sigilo telefônico quebrado por determinação da Justiça.

A maioria dos acusados ficou presa até março, mas vários deles foram beneficiados por hábeas-corpus.

Os 21 presos ontem foram condenados por tráfico de drogas, associação ao tráfico e apologia das drogas. A maioria deles ainda responde a processos, iniciados pela Operação Águia, por crimes de formação de quadrilha, roubo de carros e assassinatos.

Além dos 21 presos ontem, o juiz da 4 Vara da Justiça Federal, Klaus Küschele, também condenou a penas alternativas os policiais Daeules Souza, Jainilton Rodrigues e Ricardo Brito, que colaboraram com a Justiça durante as investigações.

A advogada Luciana Terças, que defende quatro dos condenados presos ontem, reclamou da rapidez do julgamento realizado por Klaus Küschele, que na opinião dela, passou por cima da autoridade do desembargador federal Fernando Tourinho Neto, que concedeu os hábeas-corpus.

— O hábeas-corpus dele (Tourinho Neto) ainda está valendo e os acusados não poderiam ser presos — argumentou a advogada.

Ela disse que recorrerá da condenação hoje, mas na decisão de Küschele ficou estabelecido que ninguém poderá recorrer da sentença em liberdade.

Os presos são: os delegados José Cavalcante Filho e Raimundo Nunes Amazonas, os policiais Marcos Antônio Vitor da Silva, Edilberto Leonã Nascimento Cavalcante, Augusto Cesar dos Santos Lopes, José Marcelo de Souza Maia, Manoel da Silva de Alencar, Janilton Gomes de Araújo, Francisco Ubiracy Góes Marques, Jesse Vieira dos Santos, Petrônio Sales de Aguiar Júnior, Carlos Alberto da Silva Pinto, Raimundo Lopes de Almeida, Heraldo Belota, os informantes Vatayde Celestino Nascimento, Laércio Farias de Souza, Aldemarle da Silva Cordovil , Afrânio da Silva Cordovil e os traficantes Nildo Lima Barbosa, Arilson Gouveia Freires, Jorge Carlos Barbosa.

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