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Perícia confirma: voz é do deputado André Luiz com Carlinhos Cachoeira

BRASÍLIA - O destino do deputado André Luiz (PMDB-RJ) está praticamente selado. Após audiência com o perito Ricardo Molina, a relatora da Comissão de Sindicância da Câmara, Iriny Lopes (PT-ES), afirmou que não tem mais dúvidas de que o parlamentar fluminense quebrou o decoro parlamentar, ao pedir R$ 4 milhões para o advogado do bicheiro Carlinhos Cachoeira. O relatório de Iriny será votado na Comissão na próxima quarta-feira.

BRASÍLIA – O destino do deputado André Luiz (PMDB-RJ) está praticamente selado. Após audiência com o perito Ricardo Molina, a relatora da Comissão de Sindicância da Câmara, Iriny Lopes (PT-ES), afirmou que não tem mais dúvidas de que o parlamentar fluminense quebrou o decoro parlamentar, ao pedir R$ 4 milhões para o advogado do bicheiro Carlinhos Cachoeira. O relatório de Iriny será votado na Comissão na próxima quarta-feira.

– Todos os indícios mostram que houve quebra de decoro. Para mim, está claro.

O relatório vai sugerir a abertura de processo contra o deputado no Conselho de Ética da Câmara – cravou.

O perito Ricardo Molina confirmou ontem, durante audiência de pouco mais de meia hora, que a voz na fita encaminhada pela revista Veja é de fato do deputado André Luiz. Segundo Molina, em alguns momentos, uma televisão ligada ao fundo atrapalhou os trabalhos, mas, em outros trechos da fita, a voz do deputado do PMDB surge com clareza, facilitando a análise.

– O deputado tem traços de voz característicos que o diferencia dos demais, além de algumas peculiaridades, como confundir algumas palavras e trocar letras – completou o perito.

O advogado de André Luiz, Michel Saliba, ainda não se deu por vencido. Afirmou que só após ter em mãos a degravação e a perícia feita por Molina, definirá a estratégia da defesa. Protestou que jamais foi intimado, na qualidade de advogado do acusado, a prestar quaisquer esclarecimentos à Comissão. E garantiu que, até o momento, o deputado André Luiz não cogita a possibilidade de renúncia.

A Comissão de Sindicância, ao ser constituída, concedeu um prazo de cinco sessões para o deputado André Luiz apresentar sua defesa, por escrito ou pessoalmente. Quando o prazo encontrava-se próximo de expirar, o parlamentar pediu uma prorrogação de 15 dias, alegando que estava acamado, após o acidente que sofreu no interior de São Paulo.

A Comissão prorrogou, então, o prazo para mais cinco sessões – findo na última sexta-feira. André Luiz tentou postergar mais uma vez, mas o novo pedido foi negado pela comissão.

Pela legislação da Casa, após a votação do relatório na Comissão de Sindicância, se houver pedido de abertura de processo, este deve ser encaminhado à Mesa Diretora da Câmara, para apreciação. Caso a Mesa acate o pedido, este será encaminhado ao Conselho de Ética da Casa. A partir deste instante, o deputado não poderá mais renunciar ao mandato.

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