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Gravações da PF mostram assessor de deputado negociando notas fiscais

Gravações feitas pela Polícia Federal, exibidas ontem pelo “Fantástico”, da Rede Globo, mostram Renan de Macedo Leite, assessor do deputado estadual Domingos Brazão (PMDB) e dono de postos de gasolina, negociando notas fiscais frias com Paulo Roberto Prette, proprietário de empresas de distribuição de combustíveis. Segundo a Polícia Federal, Prette seria um dos chefes da máfia dos combustíveis, que agia principalmente no Rio e em São Paulo, adulterando o produto e emitindo notas fiscais falsas. Os dois foram presos na segunda-feira passada.

Gravações feitas pela Polícia Federal, exibidas ontem pelo “Fantástico”, da Rede Globo, mostram Renan de Macedo Leite, assessor do deputado estadual Domingos Brazão (PMDB) e dono de postos de gasolina, negociando notas fiscais frias com Paulo Roberto Prette, proprietário de empresas de distribuição de combustíveis. Segundo a Polícia Federal, Prette seria um dos chefes da máfia dos combustíveis, que agia principalmente no Rio e em São Paulo, adulterando o produto e emitindo notas fiscais falsas. Os dois foram presos na segunda-feira passada.

A conversa entre Prette e Renan foi gravada pela Polícia Federal durante as investigações que resultaram na operação “Poeira no Asfalto”, em que 42 pessoas foram presas. As investigações da PF duraram mais de dois anos. No período, foram feitas mais de duas mil horas de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça.

As gravações revelam como funcionava o esquema em que policiais rodoviários federais e distribuidores negociavam a liberação de carretas cheias de combustíveis com notas frias.

Em outra gravação exibida ontem pelo “Fantástico”, Prette orienta um subordinado a entregar uma quantia em dinheiro a fiscais da Receita estadual. “Você vai tirar dali R$ 3.600 e levar para o Macson, na Washington Luiz, para acertar com o pessoal da barreira lá”, diz Prette na gravação.

Uma imagem, que também foi exibida no programa, mostra um encontro de Prette com Euriberto Caldas dos Santos, que trabalha em um posto fiscal da Rodovia Presidente Dutra. Momentos antes de serem flagrados pelas câmeras, Santos teria combinado com Macson da Silva, um motorista ligado a Prette, o pagamento pela liberação de caminhões de combustível.

Propina seria de R$ 2.700 para liberar nove caminhões

Na fita, segundo informações da PF, Macson pergunta se são mesmo nove veículos que devem passar pelo posto naquele dia. Com a concordância de Santos, Macson diz que o valor a ser pago seria de R$ 2.700.

Na conversa entre Renan e Prette, o assessor parlamentar tenta obter notas fiscais frias e pergunta se ele “tem uma notinha de diesel. Umas notinhas”. Prette responde: “Diesel? Posso perguntar para o pessoal lá, para eles me arrumarem de diesel. De álcool eles me arrumam, mas de diesel, de gasolina, nunca pedi.”

Em outra fita, Prette volta a mencionar as notas fiscais, mas, desta vez, a conversa seria com o policial rodoviário Armando Pinto Mestre Filho. O policial diz que “a nota é da Noroeste”. E pergunta: “Essa nota é mais ou menos?”. Prette responde que “não é grande coisa, não”. Mestre volta a argumentar que disseram a ele que “a inscrição de São Paulo e o CNPJ é tudo direitinho, bate tudo direitinho. Mas tem uma inscrição lá do Rio que é inexistente.”

As gravações mostram ainda Thélio Moreira da Costa Lima, funcionário da Feema, preocupado com o fato de sua transferência poder prejudicar as suas chefes, que estariam envolvidas no esquema. Thélio, que foi preso durante a operação “Poeira no Asfalto”, não cita nomes no trecho da fita exibido.

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