seu conteúdo no nosso portal

Nossas redes sociais

Justiça determina abertura de arquivos da ditadura

Juiz federal vai notificar o comandante do Exército para ter acesso a documentos secretos do regime militar. O comandante do Exército, general Francisco Roberto de Albuquerque, deverá ser notificado nos próximos dias da decisão judicial que determina a apresentação de documentos secretos produzidos pelo Exército entre 1964 e 1985, período do governo militar. A decisão foi proferida pelo juiz federal Paulo Alberto Jorge, lotado em Guaratinguetá (SP), a pedido do procurador da República, João Gilberto Gonçalves Filho, de Taubaté (SP). É preciso que os documentos sejam lidos para saber se são legais. "O objetivo é analisar se o sigilo que protege as informações dos documentos é constitucional", explica Alberto Jorge.

Juiz federal vai notificar o comandante do Exército para ter acesso a documentos secretos do regime militar. O comandante do Exército, general Francisco Roberto de Albuquerque, deverá ser notificado nos próximos dias da decisão judicial que determina a apresentação de documentos secretos produzidos pelo Exército entre 1964 e 1985, período do governo militar. A decisão foi proferida pelo juiz federal Paulo Alberto Jorge, lotado em Guaratinguetá (SP), a pedido do procurador da República, João Gilberto Gonçalves Filho, de Taubaté (SP). É preciso que os documentos sejam lidos para saber se são legais. “O objetivo é analisar se o sigilo que protege as informações dos documentos é constitucional”, explica Alberto Jorge.

aguA Advocacia-Geral da União também será notificada e terá 15 dias para encaminhar os documentos. A decisão do juiz tem caráter liminar e está sujeita a recurso. A ação prevê que apenas o Ministério Público e a Advocacia Geral da União, além do juiz, tenham acesso aos documentos. A determinação judicial foi além e indica que os papéis solicitados, por motivo de segurança, sejam enviados ao quartel de Lorena (SP), instalação mais próxima da Vara de Guaratinguetá. Para o procurador Gonçalves Filho, os trabalhos podem até levar à conclusão de que é necessário manter o sigilo, mas a análise é importante medida que pode mostrar informações relevantes da história do país.

O procurador explica que moveu a ação motivado pelo recente episódio em que o Exército divulgou nota oficial, após a publicação de fotos que se julgava serem do jornalista Wladimir Herzog, justificando o comportamento do órgão durante o governo militar. Para Gonçalves Filho, o povo brasileiro tem o direito de conhecer os fatos.

De acordo com o juiz que determinou a apresentação dos documentos, o procurador alega na ação que a nota divulgada no caso Herzog revela que o Exército não se arrependeu das atitudes tomadas durante o regime militar.

Compartihe

OUTRAS NOTÍCIAS

Juiz de São Paulo será investigado por descumprir ordem do STJ
STJ admite voto de ministro que não viu sustentação oral presencial
Pescadora artesanal consegue auxílio seguro-defeso não concedido pelo INSS