seu conteúdo no nosso portal

Nossas redes sociais

Cássia Eller: Médicos são denunciados por homicídio culposo

RIO - O Ministério Público denunciou, nesta sexta-feira, os médicos Marcus Vinicius Gondomar de Oliveira e Jorge Francisco Castro y Perez, responsáveis pelo atendimento da cantora Cássia Eller, em 29 de dezembro de 2001, na Casa de Saúde Santa Maria, por homicídio culposo. O processo será julgado na 29ª Vara Criminal do Rio.

RIO – O Ministério Público denunciou, nesta sexta-feira, os médicos Marcus Vinicius Gondomar de Oliveira e Jorge Francisco Castro y Perez, responsáveis pelo atendimento da cantora Cássia Eller, em 29 de dezembro de 2001, na Casa de Saúde Santa Maria, por homicídio culposo. O processo será julgado na 29ª Vara Criminal do Rio.

De acordo com o promotor Alexandre Themístocles de Vasconcelos, da 1ª Central de Inquéritos do MP, a cantora apresentava sintomas compatíveis com o uso recente de álcool e cocaína.

“As condutas voluntárias dos médicos, ora denunciados, concorreram para a morte da paciente que, nas circunstâncias era previsível, mas poderia, com o tratamento adequado, ter sido evitada”, declarou na denúncia.

Ainda segundo o promotor, “os denunciados adotaram um conjunto de providências que revelam a falta de aptidão para o exercício da profissão de médico”. E apontou falhas como não terem dado sedativos para a paciente, não terem feito lavagem gástrica para eliminar do organismo as substâncias tóxicas e terem usado substâncias que aceleraram a absorção das drogas que a intoxicavam e contra-indicadas para pacientes com parada cárdio-respiratória.

Outro erro de procedimento, continua a denúncia, aconteceu após a primeira parada cárdio-respiratória quando os médicos não realizaram “a diálise ou outro procedimento terapêutico destinado a impedir a progressão do quadro que levada, progressivamente, a paciente ao coma e à morte, conforme minuciosamente descrito no parecer da assessoria criminal do Ministério Público”.

A pena para homicídio culposo é de um a três anos de detenção, podendo ficar um terço maior em caso de erro profissional (imprudência, imperícia ou negligência).

Na última terça-feira, o advogado da Casa de Saúde Santa Maria, Luiz Marcelo Lubanco, disse que os médicos fizeram tudo o que era possível para salvar a vida da cantora.

– Não houve, absolutamente, nenhuma conduta que possa ser tida como negligente ou imperita. Conduta omissiva nem pensar. O que nós pretendemos fazer é provar que a morte de Cássia Eller foi natural, em decorrência de um fato obviamente triste, trágico, mas um fato que não pode ser imputado aos médicos nem à casa de saúde – afirmou o advogado.

Compartihe

OUTRAS NOTÍCIAS

Juiz de São Paulo será investigado por descumprir ordem do STJ
STJ admite voto de ministro que não viu sustentação oral presencial
Pescadora artesanal consegue auxílio seguro-defeso não concedido pelo INSS