A redução da jornada de trabalho, sem redução de salários, é uma alternativa para a criação de mais emprego. Ela agregaria os desempregados ao mercado formal. Essa é a opinião da Anamatra Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho.
Segundo o presidente da entidade, Grijalbo Coutinho, é necessário fazer alterações na legislação trabalhista devido aos avanços tecnológicos, ocorridos nos últimos anos, que proporcionou a redução ou eliminação de postos de trabalho.
“É preciso democratizar os avanços para permitir ao empregado usufruir a nova realidade, reduzindo a jornada de trabalho e inviabilizando a prestação de horas extras, medidas que auxiliariam no combate ao desemprego”, diz.
Segundo Coutinho, é necessário existir uma fiscalização rígida para inibir as horas extras. “Das mais de duas milhões de ações trabalhistas propostas anualmente à Justiça do Trabalho, um número considerável envolve o trabalho executado depois da jornada”, diz ao citar pesquisa da Secretaria do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade de São Paulo. De acordo com a pesquisa, se fosse coibida essa prática seriam criados 1,7 milhão de novos empregos.