O soldado americano Jeremy Sivits, 24, foi condenado a um ano de prisão por uma corte marcial dos EUA instalada no Iraque.
O soldado reconheceu nesta quarta-feira sua culpa no caso das torturas e humilhações aplicadas a prisioneiros iraquianos na prisão de Abu Ghraib, perto de Bagdá (capital iraquiana), culpou seus colegas pelos atos e isentou todo o corpo superior de qualquer envolvimento com o escândalo.
Sivits também foi condenado a ser expulso das Forças Armadas por “má conduta” depois de cumprir sua pena de prisão.
Sivits foi condenado por maltratar prisioneiros, negligenciar ordens e crueldade. Em seu testemunho, Sivits disse que sabia que estava fazendo algo errado, mas que isso não o impediu. Ele deve receber pena de até um ano de prisão.
O soldado também afirmou ter visto dois soldados americanos, um homem e uma mulher, pisoteando pés e mãos de presos iraquianos encapuzados.
Sivits, primeiro a ser julgado, reconheceu ter maltratado detentos em grupo e não ter cumprido seu dever no início de novembro do ano passado.
Confessou que nesse período forçou um prisioneiro a juntar-se a uma pirâmide de detentos e depois fotografou outro guarda da prisão, o cabo Charles Graner, ajoelhado no alto da pirâmide humana de detentos.
Os militares que respondem a julgamento fazem parte de um grupo de sete militares norte-americanos acusados de cometer abusos na prisão de Abu Ghraib, conhecida por casos de tortura durante o regime de Saddam Hussein.
Fotografias de presos iraquianos nus sendo ridicularizados por guardas norte-americanos provocaram raiva no Iraque, ameaçando os esforços do governo dos EUA de implantar um governo iraquiano amigável depois que Washington devolver a soberania do país aos iraquianos no próximo mês.