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Tribunal deve julgar habeas corpus de Gil Rugai

O Tribunal de Justiça de São Paulo deve analisar nesta terça-feira pedido de habeas corpus em favor do estudante Gil Rugai, 21, acusado de ter participado do assassinato do pai, o empresário Luiz Rugai, e da mulher dele, Alessandra.

O Tribunal de Justiça de São Paulo deve analisar nesta terça-feira pedido de habeas corpus em favor do estudante Gil Rugai, 21, acusado de ter participado do assassinato do pai, o empresário Luiz Rugai, e da mulher dele, Alessandra.

Após ter a prisão preventiva decretada pela Justiça, Gil foi transferido na noite de quinta-feira (29) da carceragem do 77º Distrito Policial (Santa Cecília, região central) para o CDP 2 (Centro de Detenção Provisória) do Belém, na zona leste de São Paulo.

Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária, ele ficará em “regime de observação” por dez dias. O regime prevê o isolamento do preso durante o período e a restrição de visitas –apenas advogados podem entrar. O CDP 2 do Belém tem cerca de 1.320 presos.

O crime ocorreu em 28 de março, na residência do casal, em Perdizes (zona oeste). Além de decretar a prisão preventiva, a juíza Sílvia Maria Fachina Martinez, da 5ª Vara do Júri, que recebeu a denúncia (acusação formal) do Ministério Público contra Gil, marcou para o dia 21 de maio o interrogatório do rapaz.

Ao ser transferido para o CDP, Gil negou envolvimento no crime.

Inquérito

O inquérito sobre o caso foi concluído na última quarta-feira (28) pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). Tem 616 páginas divididas em três volumes. Nele constam mais de 30 depoimentos. Pelo menos 20 pessoas ouvidas são suspeitas de serem a pessoa que acompanhava Gil no dia do crime.

No inquérito também constam provas que pesariam contra Gil, como a briga que teria ocorrido entre ele e o pai dias antes do crime, as balas encontradas em seu quarto iguais às usadas no crime, e os depoimentos de duas testemunhas o vigia que diz ter visto Gil sair da casa após o crime e o sócio de Rugai que viu o suspeito com uma arma.

Promotoria

De acordo com a promotora Mildred Campi, do 5º Tribunal do Júri, não há uma prova decisiva que incrimine Gil Rugai, mas a promotoria considera o conjunto de provas colhidas até o momento. “Há um conjunto de provas que têm o mesmo peso e que se somam”, disse.

O advogado do rapaz, Fernando José da Costa, disse que o inquérito não possui prova que incrimine Gil.

Segundo a promotora, o suspeito se recusou a fornecer sangue para um exame de DNA, para compará-lo às amostras colhidas em três pontos da casa na sala de TV, sala de ginástica e cozinha.

A polícia tem informações de que as amostras colhidas nos três pontos da residência pertencem a um homem e a uma mulher, ainda não-identificados.

Sigilo

A Justiça determinou no último dia 27 a quebra do sigilo bancário da empresa de Luiz Rugai, a Referência Filmes. A polícia analisará extratos e cheques emitidos nos últimos meses para descobrir eventuais desfalques, atribuídos a Gil.

A gerente de uma agência do Itaú em Perdizes confirmou à polícia, em depoimento na última segunda-feira, que, dias antes de ser morta, Alessandra proibiu que Gil movimentasse contas bancárias do empresário.

A gerente disse que Alessandra foi à agência e pediu que o banco não atendesse solicitações do rapaz, que era responsável pelo setor financeiro da Referência.

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